Juros futuros tombam no pós-CMN com ajuda de Petrobras e PCE
Os juros futuros fecharam com queda expressiva nesta 6ªF, especialmente na ponta longa, ainda embalados pela decisão de ontem do CMN, pela redução no preço da gasolina anunciada hoje pela Petrobras e pela desaceleração da inflação nos EUA, que empurrou os Treasuries para baixo. O CMN seguiu o roteiro ao confirmar a meta de 3% para 2026 e anunciar o sistema de meta contínua, o que colabora para a convergência das expectativas do mercado para a meta a partir de 2025, dando suporte para que o Copom inicie o corte da Selic em agosto.
A redução de 5,3% no preço da gasolina, por sua vez, deve tirar de 0,13 pp do IPCA em julho, abrindo terreno para que o índice no ano se aproxime do teto da meta (4,75%) e dando mais um argumento para o corte da Selic. Para completar o cenário benigno para as taxas, o PCE, dado de inflação preferido do Fed, confirmou desaceleração dos preços nos EUA, o que fez o mercado acreditar que o fim do ciclo de aperto monetário está mais perto, tirando prêmio dos Treasuries e ajudando as taxas longas por aqui a acentuar a queda.
No fechamento, o DI para Jan/24 marcava 12,850% (de 12,924% no ajuste de ontem); Jan/25 a 10,745% (de 10,876%); Jan/26 a 10,090% (10,265%); Jan/27 a 10,115% (10,322%); Jan/29 na mínima de 10,420% (10,667%); e Jan/31 na mínima de 10,590% (10,838%). (Téo Takar)
NY sobe com PCE reativando esperança de fim do aperto monetário pelo Fed em breve
Com as esperanças reforçadas de que o Fed poderá encerrar em breve o ciclo de aperto monetário, depois de o PCE confirmar a tendência de desaceleração da inflação nos EUA, as bolsas em NY fecharam no azul nesta última sessão do mês.
O Dow Jones subiu 0,84%, aos 34.407,60 pontos. O S&P500 ganhou 1,23%, aos 4.450,38 pontos. O Nasdaq avançou 1,45%, aos 13.787,92 pontos. Na semana, os índices tiveram alta de, respectivamente, 2,01%, 2,35% e 2,19%. Em junho, os ganhos acumulados foram de, respectivamente, 4,56%, 6,47% e 6,59%. Já no semestre, os índices também avançaram: 3,80%, 15,91%, e 31,73%, respectivamente. O Nasdaq teve o melhor 1º semestre desde 1983.
Os retornos dos Treasuries ficaram sem direção única. O juro do T-bond de 30 anos caiu a 3,8532%, de 3,9022%. O da T-note de 2 anos subiu a 4,8704%, de 4,8613% ontem, o da T-note de 5 anos caiu a 4,1293%, de 4,1344%, e o da T-note de 10 anos recuou a 3,8200%, de 3,8442%. (Igor Giannasi)
Dólar segue exterior e encerra semestre abaixo dos R$ 4,80 com alívio na inflação dos EUA
O dólar ensaiou alta pela manhã com a disputa pela ptax de junho, mas passou a cair firme durante a tarde, acompanhando o recuo da moeda no exterior e fechou o semestre abaixo da linha dos R$ 4,80. Lá fora, a desaceleração do PCE, dado de inflação preferido do Fed, levou o mercado a apostar em um fim próximo para o ciclo de aperto monetário nos EUA, o que empurrou os juros dos Treasuries para baixo e fez o dólar perder terreno frente aos pares.
Aqui, o mercado repercutiu a decisão do CMN e a nova redução no preço de gasolina da Petrobras, que reforçaram a expectativa de corte da Selic já em agosto e ajudaram a derrubar os juros futuros, tirando pressão do câmbio. O dólar à vista fechou em baixa de 1,19% nesta 6ªF, cotado a R$ 4,7896. Na semana, a moeda subiu 0,25%, mas acumulou baixas de 5,59% em junho e de 9,29% no 1º semestre. A taxa Ptax fechou em queda de 0,81%, a R$ 4,8192, com baixas de 5,43% em junho e de 7,64% no semestre.
Às 17h08, o dólar futuro para agosto caía 1,57%, para R$ 4,8130. Lá fora, o índice DXY perdia 0,43% no dia, para 102,901 pontos, acumulando baixas de 1,27% no mês e de 0,57% no semestre. O euro subia 0,42% no dia, a US$ 1,0910, com altas de 2,09% em junho e de 1,92% no semestre. A libra era cotada a US$ 1,2700, com altas de 0,71% no dia, 2,10% no mês e 4,99% no semestre. (Téo Takar)