Petróleo amplia perdas e cai 3% na semana com payroll e Opep+ no radar
Os contratos futuros de petróleo ampliaram as perdas de ontem e recuaram mais de 2% hoje, engatando a terceira sessão negativa.
As preocupações sobre um possível aumento de produção pela Opep+ (que discute o tema no fim de semana ) se intensificam com rumores de que a Arábia Saudita estaria pressionando para um movimento ainda maior nessa direção.
Dados de emprego nos EUA (payroll) abaixo do esperado também pesaram.
O dia teve ainda a divulgação do número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA (Baker Hughes), que aumentou em 2 na semana, para 414.
O contrato do Brent para novembro caiu 2,22%, a US$ 65,50 por barril na ICE, enquanto o WTI para outubro recuou 2,54%, a US$ 61,87 por barril na Nymex. Na semana, os desempenhos são negativos em 2,93% e 3,34%, respectivamente.
Giro das 15h: Ibovespa busca novo recorde, dólar e juros derretem após payroll
O Ibovespa segue em alta firme (+0,94%, aos 142.315 pontos) e caminha para novo recorde de fechamento na tarde desta sexta-feira, após o payroll mais fraco que o esperado reforçar as apostas do mercado de que o Fed terá que fazer três cortes de juros ainda neste ano.
Pela mesma razão, o dólar perde força globalmente (DXY -0,69%, aos 97,664 pontos), mas a queda da moeda americana diante do real encontra suporte novamente na casa dos R$ 5,40 (-0,79%, a R$ 5,4039), com o risco fiscal doméstico limitando um recuo mais significativo do câmbio.
Os juros futuros recuam especialmente na ponta longa (DI Jan/27 a 13,905%; Jan/29 a 13,155%; Jan/31 a 13,475%) em meio à queda dos rendimentos dos Treasuries (T-Note de 10 anos a 4,082%).
Já em Wall Street, as bolsas devolvem ganhos recentes (Dow Jones -0,72%; S&P500 -0,65%; Nasdaq -0,41%), com investidores em busca de oportunidades em mercados emergentes e, ao mesmo tempo, preocupados com a possibilidade de uma desaceleração mais importante da economia americana, com um “pouso forçado”, e de uma maior interferência de Trump no Fed.
Ouro renova máximas e sobe quase 4% na semana após payroll
Após o recuo de ontem, interrompendo uma sequência de seis valorizações seguidas, o ouro voltou a subir nesta sexta-feira e renovou recordes.
De um lado, a divulgação de dados fracos do mercado de trabalho nos EUA (payroll) consolidou as apostas de cortes de juros neste segundo semestre, a partir deste mês; e de outro trouxe também preocupações com a forte desaceleração da economia americana.
A aversão global ao risco beneficia o metal precioso, tido como reserva de valor, que tem registrado forte demanda por bancos centrais. Outro fator é a desvalorização do dólar frente a pares (DXY -0,71% há pouco).
Após outra máxima histórica (US$ 3.655,50 por onça-troy), o contrato do ouro para dezembro fechou em alta de 1,29% na Comex, estabelecendo novo recorde, a US$ 3.653,30 por onça-troy. Na semana, o desempenho é positivo em 3,90%.