Vai rolar: Payroll é destaque nos EUA

[05/09/25] Não há nada na agenda dos mercados globais nesta sexta-feira além do payroll, o relatório de emprego dos Estados Unidos (9h30), que poderá definir quantos cortes do juro serão decididos pelo Fed este ano, se dois ou três.

Não é o Fomc de setembro que está em jogo. Essa aposta está dada desde que Powell mostrou desconforto com o mercado de trabalho, em Jackson Hole. As chances de uma queda de 25pbs no dia 17 batem quase 100%.

O que está em questão é se o payroll validará a expectativa de novas reduções em outubro e dezembro, que já é majoritária. Se os números de agosto vierem fracos, como vieram os de julho, podem mexer forte com os ativos. (Rosa Riscala)

👉 Confira abaixo a agenda de hoje

▪️ 03h00 – Alemanha: Encomendas à indústria de julho
▪️ 03h00 – Reino Unido: Vendas no varejo de julho
▪️ 06h00 – Zona do euro: PIB final do 2TRI
▪️ 09h30 – EUA: Payroll de agosto
▪️ 11h00 – Anfavea divulga produção de veículos em agosto
▪️ 14h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas de petróleo em operação

Eventos
▪️ 09h30 – Reunião Trimestral do BC com economistas em SP (primeira grupo)
▪️ 11h00 – Reunião Trimestral do BC com economistas em SP (segundo grupo)
▪️ 16h00 – Haddad e Alckmin participam do leilão do Túnel Santos-Guarujá, na sede da B3, em SP

Juros futuros recuam com dados de emprego nos EUA abrindo espaço para corte pelo Fed

Os juros futuros recuaram modestamente nesta quinta-feira, acompanhando o alívio no câmbio, com investidores de olho nos dados do payroll amanhã, depois que o relatório da ADP divulgado hoje confirmou a tendência de enfraquecimento do mercado de trabalho americano, o que abre espaço para um corte de juros pelo Fed neste mês.

No ambiente doméstico, o mercado repercutiu a oferta de cerca de 20 milhões de títulos prefixados pelo Tesouro, o que provocou alguma pressão sobre a curva de juros mais cedo.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,885% (de 14,891% no ajuste anterior); Jan/27 a 13,980% (13,996%); Jan/29 a 13,305% (13,318%); Jan/31 a 13,630% (13,644%); e Jan/33 a 13,820% (13,814%).

Fechamento: Ibovespa sobe no embalo de NY e fica perto dos 141 mil pontos

A bolsa seguiu o bom humor em NY, após dados de emprego abaixo do esperado nos EUA reforçarem apostas de corte dos juros, e interrompeu uma sequência de três sessões consecutivas de perdas.

O Ibovespa chegou a subir 1,16%, mas perdeu fôlego e fechou em +0,81%, aos 140.993,25 pontos. O giro foi de R$ 18 bilhões.

As blue chips subiram em bloco, com destaque para a reação dos bancos (Bradesco PN +2,00%, a R$ 16,83; Itaú +0,40%, a R$ 37,94; e BB +0,69%, a R$ 20,42). O noticiário trouxe que este último prepara um plano de contingência caso os EUA intensifiquem sanções da Lei Magnitsky.

Vale subiu na esteira do minério (+0,20%; R$ 55,71), enquanto Petrobras foi na contramão do petróleo (ON +0,48%, a R$ 33,66; e PN estável em R$ 31,06).

O dólar à vista virou no meio da tarde e encerrou a sessão em leve baixa de 0,11%, a R$ 5,4468, refletindo a melhora do apetite por risco tanto no mercado doméstico como no exterior.

Por sua vez, o otimismo marcou a sessão em Wall Street, com o índice S&P500 renovando recorde de fechamento, enquanto os investidores aguardam o payroll de agosto, amanhã.

Dow Jones subiu 0,77% (45.621,29). S&P500 ganhou 0,83% (6.502,08). Nasdaq avançou 0,98% (21.707,69). Já os retornos dos Treasuries cederam.

Fechamento dos Mercados

▫️ IBOVESPA: +0,81% | 140.993,25 pts

▫️ DOW JONES: +0,77% | 45.621,29 pts

▫️ S&P500: +0,83% | 6.502,08 pts

▫️ NASDAQ: +0,98% | 21.707,69 pts

▫️ DÓLAR: -0,11% | R$ 5,4468

▫️ EURO: -0,23% | R$ 6,3424

▫️ BITCOIN: -1,42% | US$ 110.580,00