Bolsas dos EUA renovam recordes com mercado de trabalho aquecido afastando preocupação com tarifas
As bolsas americanas fecharam em alta nesta 5ªF, embaladas pelo payroll de junho (147 mil empregos criados, acima dos 110 mil esperados 110 mil).
O dado indica que a economia americana segue resiliente, apesar das preocupações com os efeitos da guerra comercial de Donald Trump e das tensões geopolíticas.
O índice Dow Jones subiu 0,77% (44.828,53 pontos); o S&P500 avançou 0,83% e renovou seu recorde fechamento (6.279,35), assim como o Nasdaq (20.601,10), que avançou 1,02%.
Na semana, os índices subiram 2,30%, 1,72% e 1,62%, respectivamente.
As bolsas americanas fecharam mais cedo nesta 5ªF devido à véspera do feriado prolongado do Dia da Independência nos EUA.
Bolsas europeias fecham em alta com probabilidade de acordo entre EUA e Europa
As bolsas europeias fecharam em alta, com a redução das tensões comerciais.
Há relatos de que a UE e os EUA estão progredindo em direção a um “entendimento político” para resolver sua disputa tarifária até 9 de julho, em vez de garantir um acordo abrangente.
Enquanto isso, o payroll aliviou as preocupações econômicas e reduziu a probabilidade de cortes nas taxas de juros pelo Fed no curto prazo, apesar das incertezas em curso.
Londres teve ganhos generalizados depois que o gabinete do primeiro-ministro britânico Keir Starmer deu total apoio à ministra das Finanças, Rachel Reeves, aliviando as preocupações sobre seu futuro.
Fechamento: Frankfurt +0,62%; Londres +0,56%; Paris -+0,21%; Madri +1,01%; Stoxx 600 +0,40% (543,36).
Ibovespa faz máxima histórica com exterior, enquanto dólar e juros recuam
O Ibovespa oscilou entre 141.116,95 (máxima histórica) e 139.050,93 e agora sobe a 140.667,42 pontos (+1,16%), com cerca de 10 ações em queda. A sessão é de commodities em alta e NY também ajuda (Dow Jones +0,81%; S&P 500 +0,76% e Nasdaq +0,87%). O payroll (+147 mil), dado mais importante do dia, veio bem acima do previsto (110 mil) e a taxa de desemprego caiu de 4,2% a 4,1%. O esfriamento do mercado de trabalho americano fortaleceu dólar ante pares (DXY 97,148, +0,38%) e rendimentos dos Treasuries, além das bolsas, amenizando preocupações de desaceleração da economia dos EUA e enfraquecendo chances de corte de juros pelo Fed em julho. Aqui, a moeda passou a cair, alinhada ao movimento ante emergentes, a R$ 5,4123 (-0,15%), após máxima de R$ 5,4473, e os juros oscilam. O relatório de emprego contraria o ADP de ontem, mas olhando mais de perto, um aumento fora do padrão em educação mascarou os dados, apontando para ajuste sazonal. Os pedidos semanais de auxílio-desemprego (233 mil) vieram acima do estimado (240 mil) e os recorrentes (1,964 mi) seguem no nível mais alto desde o final de 2021. O payroll corrobora a visão do Fed de esperar para ver transferindo o foco para 15/7, quando saem dados de inflação. (Ana Katia)