Juros futuros terminam mistos com IBC-Br fraco, tarifas de Trump e IOF

Os juros futuros terminaram mistos nesta segunda-feira, com os vencimentos curtos oscilando entre baixa e estabilidade, após o IBC-Br surpreender para baixo.

A prévia do PIB medida pelo BC caiu 0,7% em maio sobre abril, contrariando a expectativa dos economistas, de estabilidade.

Já os vencimentos mais longos subiram em linha com o avanço do câmbio, em meio às incertezas sobre a guerra tarifária de Donald Trump e a expectativa para audiência de conciliação entre governo e Congresso no STF sobre o aumento do IOF.

O fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,940% (de 14,945% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,285% (14,327%); Jan/29 a 13,470% (13,465%); Jan/31 a 13,650% (13,592%); e Jan/33 a 13,740% (13,645%).

Commodities arrastam Ibovespa para a 6ª queda consecutiva; NY termina sessão em leve alta

As perdas de Petrobras e Vale contribuíram para a sexta baixa consecutiva do Ibovespa – que fechou em -0,65%, aos 135.298,99 pontos, com giro de R$ 18,7 bilhões.

Os papéis PN da estatal de petróleo recuaram 1,32% (R$ 32,20), enquanto os ON perderam 1,07% (R$ 35,09), acompanhando o tombo do petróleo, após Donald Trump ameaçar a Rússia com tarifas de até 100% se a guerra com a Ucrânia não acabar em 50 dias.

No caso da Vale, a queda foi de 1,14% (R$ 55,36), na contramão do minério.

Enquanto monitora a guerra comercial dos EUA com o Brasil e o mundo, o sentimento local é de cautela também em razão do IOF, cuja audiência de conciliação acontecerá amanhã no STF.

Por sua vez, o dólar à vista registrou alta pela 4ª sessão seguida, fechando com ganho de 0,66%, a R$ 5,5842.

Em NY, depois de uma abertura mista, majoritariamente negativa, repercutindo as novas tarifas contra México e União Europeia anunciadas por Trump no fim de semana, as bolsas ganharam força em meados da tarde e terminaram o pregão em leve alta.

Dow Jones subiu 0,20% (44.459,65). S&P500 ganhou 0,14% (6.268,56). Nasdaq avançou 0,27% (20.640,33).

Quanto ao retorno dos Treasuries, os juros da ponta mais curta ficaram estáveis, enquanto médios e longos subiram.

Dólar sobe pelo 4º dia seguido com tarifas de Trump e IOF no radar

O dólar à vista fechou em alta pela 4ª sessão seguida nesta segunda-feira, ainda refletindo a cautela dos investidores com a guerra comercial de Donald Trump.

Depois de taxar o Brasil (50%), o México (30%) e a União Europeia (30%), hoje foi a vez da Rússia (100%) também ser ameaçada com tarifas, caso não chegue a um acordo de paz com a Ucrânia até setembro.

No cenário doméstico, o mercado segue na expectativa pela audiência de conciliação sobre o IOF, marcada para esta terça-feira, no STF.

Nos bastidores, o governo sinalizou ao Congresso que não vai abrir mão do aumento do IOF e da sua prerrogativa de editar decretos de impostos, mas indicou que aceita negociar as alíquotas, junto com a MP alternativa ao tributo.

O dólar à vista fechou em alta de 0,66%, a R$ 5,5842, após oscilar entre R$ 5,4448 e R$ 5,5937. Às 17h11, o dólar futuro para agosto subia 0,27%, para R$ 5,6075.

Lá fora, o índice DXY subia 0,25%, para 98,093 pontos. O euro caía 0,18%, a US$ 1,1668. E a libra caía 0,46%, para US$ 1,3428.