Surpresas no conflito entre Israel e Irã e na crise do IOF marcam a semana

Aqui, o destaque ficou por conta da reviravolta na crise do IOF, com Hugo Motta quebrando o acordo firmado com o governo, de esperar até semana que vem, e colocando em votação o decreto para derrubar o aumento do imposto, mesmo com o Congresso esvaziado pelas festas juninas.

A próxima semana será novamente de atenções divididas entre o cenário doméstico, com o governo avaliando a possibilidade de judicializar a briga do IOF, e o exterior, onde Donald Trump deve voltar com as ameaças de sua guerra comercial, a 10 dias do fim do prazo (09/7) para retomar as tarifas recíprocas.

Bom fim de semana!

Cautela com IOF reduz liquidez e Ibovespa termina perto da estabilidade; S&P500 e Nasdaq renovam recordes

O dia foi marcado por baixa liquidez na bolsa, que operou sem tendência durante todo o pregão, com os investidores cautelosos diante da possibilidade de o governo judicializar a derrubada do IOF pelo Congresso.

Uma possível revisão da meta fiscal para 2026, caso a elevação do imposto não seja retomada, também ficou no radar.

Por fim, o Ibovespa fechou perto da estabilidade, com leve perda de 0,18%, aos 136.865,79 pontos – e giro de apenas R$ 16,5 bilhões, abaixo da média. Na semana, o indicador também fica próximo do zero a zero (-0,18%).

Um dos destaques foi o segundo dia consecutivo de alta expressiva da Vale (+1,92%; R$ 53,00), na esteira da forte valorização do minério. Nos últimos dois dias, o papel avançou 5%.

Na contramão da recuperação do petróleo, Petrobras ON caiu 1,23%, a R$ 33,80, e Petrobras PN cedeu 0,79%, a R$ 31,21.

O dólar fechou em baixa de 0,29%, a R$ 5,4829, apoiado pelo fluxo gringo positivo. Na semana, a moeda recuou 0,37%.

Próximo do fim da sessão, as bolsas em NY conseguiram recuperar a força vista pela manhã, em repercussão ao acordo firmado entre EUA e China na questão das terras raras, e S&P500 e Nasdaq renovaram recordes de fechamento.

Os índices perderam fôlego em meados da tarde, quando o presidente Donald Trump disse que encerrou todas as negociações comerciais com o Canadá após o país vizinho aplicar imposto sobre serviços digitais a companhias americanas.

Dow Jones subiu 1,00% (43.819,27). S&P500 ganhou 0,52% (6.173,07). Nasdaq teve alta de 0,52% (20.273,46). Na semana, o ganho acumulado foi de, respectivamente, 3,82%, 3,44% e 4,25%.

Por sua vez, os retornos dos Treasuries também avançaram.

Juros futuros têm oscilações contidas, com investidor à espera de resposta do governo sobre derrubada do IOF

Haddad também descartou a intenção de alterar a meta fiscal de 2026.

Na agenda do dia, a taxa de desemprego no Brasil recuou de 6,60% no trimestre encerrado em abril para 6,20% em maio, abaixo da expectativa do mercado, de 6,4%.

Lá fora, o destaque ficou por conta do PCE, dado de inflação preferido do Fed, cujo núcleo em maio (+0,2%) veio um acima do esperado (+0,1%).

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,935% (de 14,933% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,165% (14,179%); Jan/29 a 13,295% (13,318%); Jan/31 a 13,440% (13,496%); e Jan/33 a 13,550% (13,624%).