Dólar cai antes de decisões de juros, com guerra no radar
O DXY cai a 98,579 pontos (-0,24%) e os rendimentos dos Treasuries recuam. Aqui, a moeda é estável a R$ 5,4956 (-0,02%) e os juros passaram a subir em toda a curva. O fiscal segue no radar e os investidores acompanharam o Copom após o fechamento, dividindo-se entre manutenção da Selic em 14,75% (53%) ou aumento a 15% (47%), segundo pesquisa da XP com 109 entrevistados. Os riscos de alta para o petróleo poderiam aumentar ainda mais, abrindo espaço para valorização do dólar. Espera-se amplamente que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas e o foco está nos comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, e no “gráfico de pontos”, que reúne as projeções dos dirigentes para a trajetória das taxas. (Ana Katia)
Petróleo estável com foco na guerra Israel-Irã e estoques dos EUA
Comentários de Trump também elevaram as preocupações de que Washington tenha entrado diretamente na guerra. O Brent/ago cai ligeiramente para US$ 76,42 por barril (-0,04%), enquanto o WTI/jul cai 0,7% para US$ 73,22 por barril. Dados do API, antes dos números oficiais às 11h30, mostraram que queda nos estoques dos EUA (10,13 mi) acima do esperado, enquanto dados econômicos fracos geraram preocupações sobre demanda lenta, especialmente em cenário de altas tarifas comerciais. O Fed deve manter juros inalterados e pode adotar tom mais dovish diante do agravamento das condições econômicas.
Bolsas europeias são mistas de olho no Oriente Médio e no Fed; inflação do Reino Unido desacelera antes do BoE
Há pouco, Londres subia +0,19%; Frankfurt caía -0,24% e Paris subia +0,19%. O sentimento sobre a guerra permanece frágil após o WSJ afirmar que Trump considerou opções como ataques ao Irã, exigindo “rendição incondicional” de Teerã, advertindo que a paciência estava “se esgotando” e afirmando que a América mantinha “controle total sobre os céus iranianos”. Isso aumentou a inquietação de que o conflito possa se intensificar. A inflação britânica desacelerou em maio, subindo em termos anuais 3,4% em maio, de 3,5% em abril. Espera-se que o BoE mantenha taxas inalteradas na 5ªF, mas dois cortes de 0,25 pp estão precificados até o final do ano.