Ouro avança e bate novo recorde com busca por proteção na reta final do ano
Mercado segue atento aos sinais de eventual bolha de IA e aos rumos da política monetária dos EUA
Os contratos futuros do ouro bateram novas máximas nesta terça-feira, pelo segundo dia consecutivo, e podem seguir avançando, segundo especialistas.
O metal precioso geralmente é usado como proteção em tempos de incertezas econômicas ou geopolíticas, e a demanda tem aumentado neste final de ano.
Atualmente, há uma escalada nas tensões entre EUA e Venezuela, com Trump admitindo a chance de entrar em guerra contra o país sul-americano, ao passo que as negociações para um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia patinam.
Apesar do otimismo das bolsas em NY nesta tarde, o mercado segue atento aos sinais de uma eventual bolha de IA e aos rumos da política monetária dos EUA após a mudança na presidência do Fed, prevista para maio de 2026, com a saída de Powell.
Hoje, Trump afirmou que qualquer pessoa que discorde dele jamais comandará o BC americano, e repetiu seu discurso de defesa por novos cortes nos juros.
O PIB americano do 3TRI (+4,3%), no entanto, veio bem acima do previsto (+3,3%), o que praticamente exclui do horizonte as chances de uma nova redução das taxas pelo Fed em janeiro.
O contrato do metal precioso para fevereiro fechou em alta de 0,81% na Comex, cotado a US$ 4.505,70 por onça-troy, novo recorde. Em entrevista à CNBC, David Neuhauser, da Livermore Partners, disse que a commodity ainda tem espaço para subir, podendo alcançar US$ 6.000 por onça-troy.