Dólar avança com receio de que decisão do STF sobre Bolsonaro piore negociação de tarifas com Trump
O dólar à vista encerrou a sexta-feira com alta expressiva diante do real, na contramão do movimento da moeda americana no exterior, em meio a um clima de maior aversão ao risco no cenário doméstico.
As medidas cautelares contra Jair Bolsonaro determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) pegaram os investidores de surpresa na manhã de hoje.
O receio do mercado é que a decisão dificulte as negociações sobre as tarifas ou até motive o presidente Donald Trump a dobrar a aposta contra o Brasil, depois de ter declarado que o julgamento de Bolsonaro no Supremo era uma das razões que levaram os EUA a taxarem os produtos brasileiros em 50% a partir de 1º de agosto.
O dólar à vista fechou em alta de 0,73%, a R$ 5,5876, após oscilar entre R$ 5,5240 e R$ 5,5980. Na semana, a moeda acumulou ganho de 0,72%. Às 17h06, o dólar futuro para agosto avançava 0,63%, a R$ 5,6025.
Lá fora, o índice DXY caía 0,28%, para 98,456 pontos. O euro subia 0,24%, a US$ 1,1625. E a libra operava quase estável (-0,02%), a US$ 1,3414.
Juros futuros passam por correção, após decisão de Moraes a favor do aumento do IOF
Os juros futuros devolveram prêmios nesta quinta-feira, em um movimento de correção das altas recentes, após o ministro do STF Alexandre de Moraes decidir restabelecer a validade do decreto presidencial que aumenta o IOF.
Na agenda do dia, o IGP-10 mostrou deflação de 1,65% em julho, após registrar queda de 0,97% em junho, e mostrou recuo maior que o esperado pelos economistas (-1,46%).
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,945% (de 14,945% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,345% (14,370%); Jan/29 a 13,620% (13,702%); Jan/31 a 13,790% (13,892%); e Jan/33 a 13,870% (13,982%).
Volta do IOF deixa dólar volátil, mas moeda termina em baixa com realização de lucros no câmbio
O dólar à vista teve mais uma sessão volátil nesta quinta-feira, com investidores reagindo à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de restabelecer o decreto presidencial que aumentou o IOF.
Ao longo da tarde, a moeda perdeu força, conforme o mercado aproveitava para embolsar ganhos recentes, uma vez que a moeda americana acumula alta de mais de 2% neste mês, especialmente após o anúncio do tarifaço de 50% por Donald Trump na semana passada.
O dólar à vista fechou em baixa de 0,26%, a R$ 5,5472, após oscilar entre R$ 5,5431 e R$ 5,6099. Às 17h07, o dólar futuro para agosto recuava 0,41%, a R$ 5,5640.
Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,24%, aos 98,625 pontos. O euro caía 0,33%, a US$ 1,1598. E a libra operava estável, a US$ 1,3417.