NY não define rumo, em meio a balanços e dado de inflação; Ibovespa piora com falas de Lula contra déficit zero
As bolsas em NY fecharam sem direção única nesta 6ªF, com Nasdaq em alta, puxado por Intel e Amazon, após as companhias divulgarem bons resultados no 3TRI. Já o Dow Jones recuou, sentindo o tombo de Chevron após o resultado trimestral. Além dos balanços, o foco dos investidores foram os números da inflação em setembro nos EUA, em especial o núcleo do PCE, que foi o maior em quatro meses. O dado é o preferido do Fed para definir a política monetária e a leitura do mercado é de que os juros devem se manter estáveis na próxima semana, mas há dúvidas sobre como ficará o aperto nas reuniões seguintes.
O Dow Jones caiu 1,12%, aos 32.417,59 pontos. O S&P500 recuou 0,48%, aos 4.117,37 pontos. O Nasdaq subiu 0,38%, aos 12.643,01 pontos. Na semana, os índices acumularam queda de, respectivamente, 2,14%, 2,53% e 2,62%. Os retornos dos Treasuries também ficaram mistos. O juro do T-bond de 30 anos subiu a 5,015%, de 4,9895%, ontem. O da T-note de 2 anos recuou a 5,016% de 5,0417%, o da T-note de 5 anos cedeu a 4,7633%, de 4,8025%, e o da T-note de 10 anos caiu a 4,829%, de 4,8466%.
Por aqui, o Ibovespa já vinha sendo afetado pelo exterior, mas piorou após declarações do presidente Lula de que “dificilmente” se chegará ao déficit fiscal zero em 2024 e que “não precisamos disso”. O índice fechou com queda de 1,29%, aos 113.301,35 pontos. Na semana, o Ibovespa subiu 0,13%. O volume financeiro somou R$ 22,9 bilhões, um pouco abaixo da média diária de setembro, que foi de R$ 23,321 bilhões. (Igor Giannasi)
Dólar supera R$ 5 com Lula descartando meta fiscal zero e aumento de tensões no Oriente Médio
O dólar virou no começo da tarde e encerrou a 6ªF em alta, refletindo a piora na percepção do mercado sobre o risco fiscal, após o presidente Lula indicar que a meta fiscal de déficit zero em 2024 não será cumprida. “Nós dificilmente chegaremos à meta zero, até porque eu não quero fazer cortes em investimentos e obras. A gente não precisa disso (meta zero)”, disse Lula em café com jornalistas no Planalto.
O cenário externo também colaborou para acentuar a busca por proteção na moeda antes do fim de semana, diante de notícias de que Israel está intensificando suas operações terrestres na faixa de Gaza. Além disso, o ministro de relações exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, declarou que grupos aliados estão prontos para atacar caso a guerra de Israel contra o Hamas prossiga.
O dólar à vista fechou em alta de 0,46%, a R$ 5,0131, após oscilar entre R$ 4,9317 e R$ 5,0191. Na semana, a moeda recuou 0,36%. Às 17h03, o dólar futuro para novembro subia 0,45%, a R$ 5,0140. Lá fora, o índice DXY caía 0,03%, aos 106,569 pontos. O euro subia 0,08%, para US$ 1,0569. E a libra caía 0,06%, para US$ 1,2120. (Téo Takar)
Vale avança com dividendos e bancos sobem com decisão do STF sobre imóveis; petrolíferas recuam
Os ativos da #VALE3 ganharam força na segunda etapa da sessão com a informação de que a mineradora vai pagar US$ 2 bilhões em dividendos extraordinários, além de ter aprovado um programa de recompra de ações. O papel da companhia subiu 2,14%, a R$ 65,30, contribuindo para o desempenho positivo do Ibovespa. Apenas quatro ações fecharam no campo negativo, entre elas, petrolíferas, diante da queda do petróleo. #PETR4 registrou -1,03% (R$ 35,70), #PRIO3, -0,74% (R$ 48,00) e #PETR3, -0,74% (R$ 38,76). Já a maior desvalorização do dia foi de #BRFS3, com -2,25%, a R$ 10,88. Por outro lado, as maiores altas do dia foram de #GOLL4 (+8,29%; R$ 8,23), #CRFB3 (+6,96%; R$ 9,22) e #IRBR3 (+6,09%; R$ 42,00). Papéis do sistema financeiro também tiveram ganhos expressivos, no dia em que o STF decidiu que bancos podem retomar imóveis de devedores sem decisão judicial. #SANB11 avançou 2,85% (R$ 27,76). #BBDC4 valorizou 2,55%, a R$ 14,50. #ITUB4 ganhou 2,48% (R$ 27,71). #BBDC3 teve elevação de 2,34%, a R$ 12,70. #BBAS3 subiu 2,08% (R$ 50,07). (Igor Giannasi)