Dólar recua com otimismo sobre reforma tributária e menor desconfiança sobre meta fiscal

O dólar encerrou a 2ªF descolado do cenário externo, em ligeira baixa frente ao real. Investidores mostraram otimismo com a tramitação da reforma tributária, após o governo acelerar o encontro com líderes aliados no Senado para garantir que o texto passe ainda nesta semana na Casa. Também pesou a favor do real a declaração do presidente da Câmara, Arthur Lira, em evento do BTG, amenizando o risco fiscal: “Haddad disse para mim que continuará perseguindo a meta zero (no ano que vem)”.

Lá fora, o dólar apontava para cima frente aos pares, acompanhando a recuperação nos juros dos Treasuries após o forte tombo de 6ªF, enquanto o mercado aguarda por novas falas de Jerome Powell, ao longo desta semana. Será a primeira manifestação do presidente do Fed desde o payroll mais fraco de 6ªF, que pode sacramentar o fim do ciclo de aperto monetário nos EUA. Além disso, a libra perdia terreno em relação ao dólar, após o economista-chefe do BoE, Huw Pill, afirmar que “é prematuro falar sobre cortar juro em 2023, mas podemos reconsiderar em meados de 2024”.

O dólar à vista fechou em baixa de 0,17%, a R$ 4,8879, após oscilar entre R$ 4,8849 e R$ 4,9117. Às 17h02, o dólar futuro para dezembro registrava baixa de 0,26%, a R$ 4,9025. Lá fora, o índice DXY subia 0,18%, para 105,207 pontos. O euro caía 0,09%, a US$ 1,0722. E a libra perdia 0,22%, para US$ 1,2350. (Téo Takar)

Ouro recua com investidores à espera de novos recados de Powell

O ouro fechou em baixa nesta 2ªF, corrigindo ganhos recentes, diante da recuperação dos juros dos Treasuries e do dólar frente aos pares (DXY +0,09%). Investidores seguem à espera de novas sinalizações do presidente do Fed, Jerome Powell, em discursos previstos para esta semana. O contrato do metal precioso para dezembro caiu 0,53%, a US$ 1.988,60 por onça-troy na Comex. (BDM Online + agências)

Varejistas disparam em dia de ganhos generalizados; Suzano é única baixa no Ibovespa

O clima de forte apetite por risco nos mercados colocou praticamente todas as ações do Ibovespa no terreno positivo nesta 6ªF. A única exceção foi #SUZB3 (-0,56%, a R$ 51,16), que sentiu o tombo do dólar, uma vez que a maior parte de suas receitas vêm das exportações. Os maiores ganhos do dia ficaram com ações mais sensíveis à queda dos juros e também que estavam bastante descontadas, especialmente as varejistas. A lista foi encabeçada por #BHIA3 (+17,39%, a R$ 0,54), seguida por #VAMO3 (+14,50%, a R$ 9,08); #MGLU3 (+12,03%, a R$ 1,49) e #LWSA3 (+12,00%, a R$ 6,72).

Os grandes bancos acompanharam o ritmo de festa dos demais ativos, com #BBDC4 subindo 4,72%, a R$ 14,77; #ITUB4 em alta de 2,76%, a R$ 27,93; #BBAS3 cotado a R$ 50,10 (+3,51%) e #SANB11 valendo R$ 27,76 (+2,06%). Entre as blue chips, os ganhos foram mais comedidos. #VALE3 subiu 1,25%, a R$ 71,20 em uma sessão de alta modesta no minério de ferro, enquanto #PETR3 (+0,84%, a R$ 38,60) e #PETR4 (+1,20%, a R$ 35,54) ignoraram o recuo do petróleo no exterior. (Téo Takar)