Juros futuros ficam de lado, sem surpresas com Fed e à espera do Copom

Lá fora, as atenções também ficaram divididas entre a decisão do Fed e os desdobramentos do conflito no Oriente Médio.

O BC americano manteve os juros inalterados, conforme esperado, sinalizou que ainda pretende realizar dois cortes nas taxas neste ano, mas mostrou piora nas suas projeções de crescimento do PIB e inflação nos EUA.

Já Donald Trump manteve o suspense sobre sua intenção de entrar na guerra, embora tenha dito que o Irã estaria disposto a voltar negociar seu programa nuclear com os EUA.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,870% (de 14,867% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,250% (14,242%); Jan/29 a 13,505% (13,552%); Jan/31 a 13,660% (13,678%); e Jan/33 a 13,720% (13,740%).

Dólar fica de lado após Fed sinalizar dois cortes, mas mostrar piora nas projeções de PIB e inflação nos EUA

A decisão não trouxe maiores surpresas, com manutenção dos juros e sinalização de que os membros do BC americano ainda esperam dois cortes nas taxas neste ano.

Porém, as projeções atualizadas do Fed mostraram aumento das estimativas para inflação, com o núcleo do PCE encerrando 2025 em 3,1%, frente aos 2,8% esperados na projeção anterior, de março.

Já a expectativa para o crescimento do PIB em 2025 desacelerou de 1,7% no relatório de março para 1,4% agora.

Jerome Powell repetiu que o Fed está bem-posicionado para esperar o curso da economia e avaliar os efeitos das tarifas. Segundo ele, o Fed está monitorando os conflitos no Oriente Médio e que há expectativa de a alta no preço da energia a curto prazo, mas isso não deve afetar a inflação a longo prazo.

Enquanto isso, Donald Trump afirmou que o Irã está disposto a negociar com os EUA. O presidente americano está reunido neste momento com seu conselho de segurança para decidir qual medida tomar a respeito.

O dólar à vista fechou em leve alta de 0,07%, a R$ 5,5009, após oscilar entre R$ 5,4752 e R$ 5,5111. Às 17h15, o dólar futuro para julho subia 0,12%, a R$ 5,5135.

Lá fora, o índice DXY tinha alta de 0,09%, para 98,910 pontos. O euro recuava 0,04%, a US$1,1476. E a libra perdia 0,16%, a US$ 1,3415.

Sem novidades sobre a guerra, bolsas sobem, enquanto dólar e juros seguem de lado antes do Fed

O otimismo do mercado poderá ser reforçado, caso o Fed sinalize que ainda pretende cortar os juros pelo menos duas vezes neste ano.

Além do comunicado em si, o gráfico de pontos com as expectativas do BC americano e a entrevista de Jerome Powell, poderão dar pistas nesse sentido.

Por aqui, a melhora no clima externo se junta à expectativa para o Copom no fim da tarde, com o mercado dividido entre a manutenção da Selic em 14,75% ou uma nova alta de 0,25 pp.

O Ibovespa registra leve alta (+ 0,04%, aos 138.896 pontos), assim como o dólar à vista (+0,06%, a R$ 5,5000), apesar do alívio da moeda americana lá fora (DXY -0,09%, aos 98,729 pontos).

Os juros futuros estão estacionados (Jan/26 a 14,850%; Jan/27 a 14,220%), com exceção da ponta longa (Jan/33 a 13,730%), que exibe leve alta.