Dólar interrompe quedas em meio a tensões com IOF, negociações comerciais de Trump e pacote tributário

Lá fora, o dólar operava em leve baixa frente aos pares, com o mercado de olho no avanço do pacote tributário de Trump, que foi aprovado no Senado, mas terá de voltar à Câmara e nas negociações comerciais dos EUA com outros países, conforme se aproxima o fim do prazo para retomada das tarifas recíprocas, em 9 de julho.

O dólar à vista fechou em alta de 0,50%, a R$ 5,4612, após oscilar entre R$ 5,4188 e R$ 5,4699. Às 17h05, o dólar futuro para agosto tinha alta de 0,47%, a R$ 5,5000.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,14%, para 96,742 pontos. O euro avançava 0,11%, a US$ 1,1795. E a libra tinha alta de 0,06%, a US$ 1,3741.

Ibovespa segue acima de 139 mil pontos com ajuda da Vale; Bolsas em NY operam mistas após Jolts forte e Powell

Lá fora, investidores reagem à aprovação do pacote tributário de Trump pelo Senado, que agora terá que voltar à Câmara e também avaliam as declarações de Jerome Powell, no Fórum de Sintra.

Ele repetiu que segue cauteloso com a política monetária americana, mas admitiu que o Fed já teria cortado os juros se não fosse a guerra tarifária de Trump.

Dados do Relatório Jolts de maio (7,769 milhões de vagas), que veio acima do esperado (7,3 milhões), assim como o índice de atividade (ISM) de Chicago (49, acima dos 48,8 projetados) empurram os juros dos Treasuries para cima (T-Note de 10 anos a 4,256%), enquanto as bolsas operam mistas em NY (Dow Jones +1,05%; S&P500 +0,05%; Nasdaq -0,51%).

Ibovespa e bolsas americanas ampliam ganhos na última sessão do semestre; dólar e juros recuam com Caged fraco

Por aqui, o Ibovespa também engata alta firme (+1,34%, aos 138.702 pontos), embalado pelo clima externo favorável ao risco e pela avaliação de que o ciclo de alta da Selic terminou ao fim, mas o juro seguirá elevado por longo período, o que torna o carry trade atraente ao investidor gringo.

Esse quadro, junto com o Caged de maio (148.992 vagas) mais fraco que o esperado (171,8 mil), explica o dólar à vista em queda (-0,85%, a R$ 5,4361), bem como o alívio dos juros futuros, especialmente na ponta longa (DI Jan/27 a 14,085%; Jan/31 a 13,230%; Jan/33 a 13,340%).