Dólar passa por correção, mas termina semana com queda acumulada de 1%

O dólar à vista terminou a sexta-feira em alta moderada diante do real, corrigindo parte das perdas acumuladas pela moeda americana ao longo da semana.

A sessão foi marcada pela baixa liquidez, devido ao feriado nos EUA, que afastou boa parte dos investidores estrangeiros do mercado.

A revisão para baixo da expectativa do MDIC para o superávit da balança comercial neste ano, de US$ 70,2 bilhões par US$ 50,4 bilhões, não chegou a fazer preço no câmbio.

O mercado também não reagiu às sinalizações de Lula, Haddad e Motta sobre uma possível reconciliação na questão do IOF, nem à decisão do ministro Alexandre de Moraes de chamar governo e Congresso para conversarem sobre o tema.

O dólar à vista fechou em alta de 0,37%, a R$ 5,4248, após oscilar entre R$ 5,4030 e R$ 5,4263. Na semana, a moeda caiu 1,06%. Às 17h04, o dólar futuro para agosto subia 0,20%, a R$ 5,4590.

Lá fora, o índice DXY recuava 0,19%, para 97,000 pontos. O euro subia 0,17%, a US$ 1,1776. E a libra operava estável, a US$ 1,3650.

Ibovespa busca novo recorde em sessão sem gringos; dólar corrige quedas recentes e juros patinam

O Ibovespa (+0,36%, aos 141.433 pontos) busca novos recordes nesta sexta-feira, apesar da liquidez muito baixa (projetando volume de R$ 8 bilhões no fechamento) por causa do feriado nos EUA.

As principais ações do índice rondam a estabilidade (Petrobras ON +0,06%, PN +0,09%; Vale ON +0,02%; Itaú PN +0,32%), enquanto os investidores monitoram os novos capítulos da novela do IOF, com o ministro Fernando de Moraes agendando uma audiência de conciliação entre governo e Congresso.

O dólar à vista (+0,30%, a R$ 5,4211) esboça uma leve correção, após bater ontem sua menor cotação em um ano, enquanto os juros futuros oscilam perto da estabilidade (DI Jan/27 a 14,155%; Jan/29 a 13,225%), sem influência do dado de inflação ao produtor (PPI) no Brasil, que caiu 1,29% em maio, mas acumula alta de 5,78% em 12 meses.

Juros curtos fecham estáveis, enquanto longos avançam em linha com os Treasuries

Aqui, a melhora do ambiente político, com governo e Congresso dando sinais de uma possível reconciliação após a crise do IOF, ajudou a reduzir a percepção de risco.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,920% (de 14,917% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,140% (14,118%); Jan/29 a 13,210% (13,144%); Jan/31 a 13,280% (13,208%); e Jan/33 a 13,340% (13,261%).