Bolsas ensaiam melhora, apesar de incertezas com guerra comercial de Trump

As bolsas americanas ensaiam recuperação (Dow Jones -0,27%; S&P500 +0,05%; Nasdaq +0,18%) na tarde desta terça-feira, em meio às incertezas dos investidores sobre os novos capítulos da guerra comercial de Donald Trump.

Ele falou por quase duas horas sobre as tarifas neste início de tarde e disse que deve enviar uma carta com proposta à União Europeia dentro de dois dias.

O dólar opera em leve alta frente aos pares (DXY +0,08%, aos 97,562 pontos), mas cai diante do real (-0,50%, a R$ 5,4504).

O Ibovespa (-0,25%, aos 139.144 pontos) chegou a cair 0,5% no momento que Trump repetiu sua ameaça de taxa extra de 10% aos países do Brics, mas já se recupera, com ajuda de Vale ON (+0,90%) e Petrobras ON (+2,32%) e PN (+1,31%).

Os juros futuros recuam (DI Jan/27 a 14,180%; Jan/29 a 13,295%), em linha com o câmbio e refletindo a queda nas vendas no varejo (-0,2%) em maio, contrariando a expectativa de alta (+0,2%).

Juros futuros seguem o câmbio e avançam em meio à guerra comercial de Trump

Os juros futuros fecharam em alta nesta segunda-feira, especialmente no miolo e na ponta longa da curva, em linha com o avanço do câmbio, em uma sessão de cautela nos mercados por causa dos novos anúncios de Donald Trump em sua guerra comercial.

O presidente americano resolveu prorrogar de 9 de julho até 1º de agosto o prazo para os parceiros comerciais negociarem acordos com os EUA, mas já divulgou quais tarifas pretende aplicar para alguns países, caso as negociações não prosperem.

No ambiente doméstico, os dados do IGP-DI, que caiu 1,80% em junho, após deflação de 0,85% em maio, não fizeram preço nas taxas curtas, que seguem travadas pela última sinalização do Copom, de Selic em 15% por longo período.

O mercado segue na expectativa pelo IPCA de junho, que sai na quarta-feira e, eventualmente, pode levar a uma reavaliação dos planos do BC para a condução da política monetária.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,925%, (de 14,921% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,220% (14,174%); Jan/29 a 13,340% (13,226%); Jan/31 a 13,430% (13,300%); e Jan/33 a 13,480% (13,358%).

Dólar sobe com aumento de incerteza sobre guerra comercial de Trump

O dólar avançou diante do real nesta segunda-feira, acompanhando a valorização da moeda americana no exterior, diante do aumento das incertezas sobre a guerra comercial de Donald Trump.

O presidente americano estendeu de 9 de julho até 1º de agosto o prazo para os parceiros comerciais negociarem acordos com o país.

Porém, Trump enviou cartas hoje para 12 países anunciado quais tarifas pretende aplicar a partir do próximo mês se as negociações não avançarem, como Japão (tarifa de 25%), Coreia do Sul (25%), África do Sul (30%) e Malásia (25%).

O dólar à vista fechou em alta de 0,98%, a R$ 5,4778, após oscilar entre R$ 5,4393 e R$ 5,4845. Às 17h06, o dólar futuro para agosto subia 1,01%, a R$ 5,5095.

Lá fora, o índice DXY avançava 0,31%, para 97,481 pontos. O euro caía 0,51%, para US$ 1,1716. E a libra perdia 0,27%, para US$ 1,3606.