Juros futuros estressam no fim do dia com tarifaço de Trump contra o Brasil

Os juros futuros dispararam na última hora de negociação, especialmente no miolo e na ponta longa da curva, repercutindo a decisão de Donald Trump de aplicar tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

As taxas acompanharam o forte avanço do dólar futuro (+2,32%, a R$ 5,6135), conforme investidores e economistas avaliam o impacto da medida sobre as exportações brasileiras para os EUA, e possíveis efeitos inflacionários, caso a escalada do dólar sobre o real continue.

Mais cedo, as taxas praticamente não se mexeram, refletindo a sessão de baixa liquidez devido ao feriado em São Paulo.

Os juros só começaram a se mover para cima no meio da tarde, após Trump avisar que enviaria uma carta com tarifas ao governo brasileiro.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,930% (de 14,923% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,270% (14,175%); Jan/29 a 13,485% (13,304%); Jan/31 a 13,640% (13,423%); e Jan/33 a 13,710% (13,485%).

Ibovespa termina sessão em baixa de mais de 1% após Trump colocar Brasil na mira de sua guerra comercial

A bolsa brasileira fechou em baixa nesta quarta-feira, descolada de Wall Street e pressionada principalmente pelo clima de aversão ao risco no mercado doméstico gerado pelas declarações de Donald Trump sobre o Brasil.

Ele disse que o país “não tem sido bom para nós (americanos)” e prometeu anunciar novas tarifas sobre os produtos brasileiros, o que aconteceu logo após o fechamento, com uma alíquota de 50%.

O Ibovespa fechou em baixa de 1,31%, aos 137.480,79 pontos, com bom volume de R$ 22,5 bilhões, apesar do feriado em São Paulo, sede da B3.

Entre as blue chips, Vale ON (-0,99%, a R$ 54,04) e Petrobras ON (-1,45%, a R$ 35,27) e PN (-0,64%, a R$ 32,32) foram atingidas pela fuga do risco.

O dólar à vista registrou ganho expressivo diante do real, com o mercado reagindo às declarações de Trump, e fechou em alta de 1,04%, a R$ 5,5024.

Por sua vez, após duas sessões mais cautelosas, as bolsas em NY se firmaram em alta, com os investidores anda acompanhando novos desdobramentos da guerra tarifária e em especial a possibilidade de um acordo com a União Europeia.

Também no noticiário econômico, a ata do Fed mostrou que a maioria dos dirigentes indicou esperar redução dos juros ainda este ano.

Dow Jones subiu 0,49% (44.458,30). S&P500 ganhou 0,61% (6.263,27). Nasdaq avançou 0,94% (20.611,34). Já os retornos dos Treasuries cederam.

Dólar vai a R$ 5,50 com promessa de Trump de aplicar tarifas sobre produtos brasileiros

O dólar à vista fechou com alta expressiva diante do real nesta quarta-feira, com o mercado reagindo às declarações de Donald Trump, que colocou o Brasil na mira de sua guerra tarifária.

Depois de um início de sessão morno por conta do feriado em São Paulo, a moeda americana acelerou a alta no meio da tarde, após Trump afirmar que “o Brasil não tem sido bom para nós” e que anunciará as tarifas para o país até amanhã.

O dólar à vista fechou em alta de 1,04%, a R$ 5,5024, após oscilar entre R$ 5,4494 e R$ 5,5034. Às 17h07, o dólar futuro para agosto subia 0,88%, a R$ 5,5340.

O índice DXY operava estável (97,514 pontos); o euro caía 0,05%, para US$ 1,1717; e a libra subia 0,04%, a US$ 1,3592.