Semana termina com mercado perplexo após decisão de Trump de taxar produtos brasileiros

A semana termina com o mercado ainda perplexo com a decisão de Donald Trump de impor tarifa de 50% aos produtos brasileiros, baseando-se em uma questão política como justificativa para a medida econômica.

Lá fora, permanece o suspense sobre como Trump tratará a Europa, depois de ter voltado a comprar briga com o Canadá, anunciando uma sobretaxa de 35% para o país.

Austan Goolsbee foi direto e reto, ao afirmar hoje que essa nova reviravolta na guerra tarifária de Trump pode levar o Fed a adiar os planos de cortes de juros para esperar eventuais efeitos das taxas sobre a inflação.

Bom fim de semana!

Juros futuros ficam de lado com tarifas de Trump no radar

Os juros futuros terminaram a sessão perto da estabilidade, em linha com o comportamento do câmbio, com investidores absorvendo a decisão do governo brasileiro de esperar e tentar um caminho diplomático até 1º de agosto, antes de retaliar a tarifa de 50% anunciada por Donald Trump nesta semana.

Na agenda do dia, o dado de volume de serviços subiu 0,1% em maio frente ao mês anterior, na série com ajuste sazonal, registrando o quarto mês seguido de alta do indicador.

No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,940% (de 14,936% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,330% (14,300%); Jan/29 a 13,480% (13,462%); Jan/31 a 13,620% (13,615%); Jan/33 a 13,670% (13,669%).

Ibovespa acumula perda de 3,6% na semana com choque tarifário; guerra comercial volta a pesar sobre NY

O Ibovespa voltou a cair nesta sexta-feira, ainda influenciado pelo clima de aversão ao risco nos mercados por causa da guerra comercial de Donald Trump, especialmente a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,41%, aos 136.187,31 pontos, após oscilar entre 135.528,07 e 136.741,87. O volume financeiro somou R$ 19,3 bilhões. Na semana, o índice caiu 3,59%.

As ações da Petrobras (ON +0,40%, a R$ 35,47; PN +1,21%, a R$ 32,63) seguiram de longe a forte alta do petróleo, assim como Vale ON (+1,30%, a R$ 56,00) também acompanhou o avanço do minério de ferro na China.

O dólar ficou perto da estabilidade, fechando em leve alta de 0,04%, a R$ 5,5475.

Em NY, as incertezas quanto à guerra tarifária voltaram a pesar nas bolsas nesta última sessão da semana.

O movimento negativo ocorre após o presidente americano anunciar tarifa de 35% sobre os produtos do Canadá e enquanto o mercado aguarda a carta de Trump com detalhes sobre a cobrança para a União Europeia.

Dow Jones caiu 0,63% (44.371,51). S&P500 recuou 0,33% (6.259,75). Nasdaq perdeu 0,22% (20.585,53). Por sua vez, os retornos dos Treasuries avançaram.