Semana termina com preocupação sobre negociações da tarifa contra o Brasil aumentada

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, de impor restrições ao ex-presidente Jair Bolsonaro, surpreendeu os investidores nesta sexta-feira, aumentando a preocupação sobre as negociações do Brasil com os EUA para tentar derrubar a tarifa de 50%.

Como já foi dito por Donald Trump, a pressão de Moraes sobre Bolsonaro é uma das razões para o tarifaço contra o país.

Lá fora, o clima também foi de incerteza ao longo da semana, diante das expectativas frustradas de acordos comerciais dos EUA com outros países, especialmente com a União Europeia.

Bom fim de semana!

Juros futuros sobem em meio ao noticiário político e preocupação com Trump

Os juros futuros fecharam com alta moderada nesta sexta-feira, especialmente entre os vencimentos mais longos, acompanhando a piora do câmbio, em uma sessão dominada pelo noticiário político, diante da agenda doméstica de indicadores esvaziada.

Investidores ficaram cautelosos com a possibilidade de agravamento das tensões entre o Brasil e os EUA, após o ministro Alexandre de Moraes (STF) determinar medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

O presidente americano, Donald Trump, tem pressionado o Supremo brasileiro a ceder no processo contra Bolsonaro.

No fechamento, o contrato do DI para janeiro de 2026 marcava 14,965% (de 14,943% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,365% (14,339%); Jan/29 a 13,655% (13,593%); Jan/31 a 13,850% (13,780%); e Jan/33 a 13,910% (13,856%).

Dólar avança com receio de que decisão do STF sobre Bolsonaro piore negociação de tarifas com Trump

O dólar à vista encerrou a sexta-feira com alta expressiva diante do real, na contramão do movimento da moeda americana no exterior, em meio a um clima de maior aversão ao risco no cenário doméstico.

As medidas cautelares contra Jair Bolsonaro determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes (STF) pegaram os investidores de surpresa na manhã de hoje.

O receio do mercado é que a decisão dificulte as negociações sobre as tarifas ou até motive o presidente Donald Trump a dobrar a aposta contra o Brasil, depois de ter declarado que o julgamento de Bolsonaro no Supremo era uma das razões que levaram os EUA a taxarem os produtos brasileiros em 50% a partir de 1º de agosto.

O dólar à vista fechou em alta de 0,73%, a R$ 5,5876, após oscilar entre R$ 5,5240 e R$ 5,5980. Na semana, a moeda acumulou ganho de 0,72%. Às 17h06, o dólar futuro para agosto avançava 0,63%, a R$ 5,6025.

Lá fora, o índice DXY caía 0,28%, para 98,456 pontos. O euro subia 0,24%, a US$ 1,1625. E a libra operava quase estável (-0,02%), a US$ 1,3414.