Ata do Copom e inflação nos EUA são destaques
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[13/05/25]
… A inflação ao consumidor nos EUA (CPI) deve se manter estável em 2,4% em abril na base de comparação anual. Em termos mensais, no entanto, a previsão da Bloomberg é de alta de 0,3%, recuperando-se da queda de 0,1% no mês anterior, com os recentes aumentos de tarifas sobre produtos importados. O dado, que sai às 9h30, ainda causa preocupação, mesmo após o acordo entre os EUA e a China, que pode afastar a recessão, mas ainda terá impacto na economia. Aqui, a expectativa é para a ata do Copom (8h), que pode sinalizar as chances de o ciclo de aperto da Selic ter se encerrado a 14,75%. Na B3, repercutem os balanços divulgados ontem à noite – incluindo o de Petrobras, que reportou crescimento de 48,6% do lucro do 1Tri, mas não agradou no after hours em NY. Hoje tem JBS e Nubank.
… Sobre a ata, de alguma forma, pode vir comprometida pela inesperada reviravolta do cenário externo, que entrou no balanço de riscos como fator baixista, ao projetar uma desaceleração global mais pronunciada e redução dos preços das commodities.
… A suspensão por 90 dias das tarifas de até 145% dos EUA para a China (para 30%, incluindo os 20% do fentanil) e de 125% da China para os EUA (para 10%) muda radicalmente as perspectivas da guerra comercial e dos efeitos sobre a economia global.
… Se tudo correr bem entre Trump e Xi, é provável que os piores prognósticos de uma recessão global não se materializem.
… Neste caso, o dólar continuaria a se sustentar como moeda forte, inibindo uma trajetória mais benigna da taxa de câmbio no Brasil, e o arrefecimento da atividade doméstica dependeria quase que exclusivamente dos efeitos cumulativos da política monetária.
… O IPCA de abril desacelerou na margem para 0,43% (de 0,56% em março), mas ainda causa desconforto o aumento do índice de difusão de 61% para 67%, junto com as pressões persistentes nos serviços subjacentes, confirmadas na última leitura da inflação.
… Além disso, a produção industrial de abril, com crescimento de 1,3% sobre o mês anterior, superou de longe as estimativas do mercado (+0,3%), mostrando que a atividade segue resiliente, apesar dos juros nos níveis mais elevados em quase 20 anos.
… Por outro lado, a reancoragem das expectativas acontece em ritmo lento, com quedas residuais nas projeções para o IPCA na pesquisa Focus. Nesta semana, a projeção para 2025 recuou de 5,53% para 5,51%, seguindo bem acima do teto da meta de 4,50%.
… Para 12 meses à frente, entrando no ano eleitoral, a política fiscal expansionista do governo Lula inibe recuo mais firme nas expectativas para a inflação, que estavam em 4,97% na semana anterior e foram ajustadas em dois centésimos apenas, para 4,95%.
… Depois do Copom e do comunicado que deixou em aberto a decisão para junho, o mercado está dividido entre a manutenção da Selic e um ajuste final de 25pbs, que levaria a taxa básica para os 15%, com a curva de juros projetando leve redução no final do ano.
… Pode ser que a ata desempate essa aposta. Economistas vão se debruçar sobre alguns aspectos para sondar o que o BC está pensando.
… Para o estrategista Sérgio Goldenstein, um dos pontos mais importantes do comunicado foi a prescrição de uma política monetária em patamar “significativamente contracionista por um período prolongado”, não mencionada no comunicado anterior.
… Segundo ele, “percebe-se que a estratégia para a convergência da inflação passa a ser de juros higher for longer, não necessariamente uma taxa Selic ainda mais contracionista” – ou seja, o juro não subiria mais, mas ficaria elevado até cumprir o seu papel.
… Outra observação que, segundo Goldenstein, reforça as chances de Selic estável seria a indicação de “cautela adicional” para a próxima reunião, tendo em vista o “estágio avançado do ciclo e seus impactos acumulados ainda por serem observados”.
… “O Banco Central parece estar confortável com essa taxa de juros. O cenário-base seria o de estabilidade em junho. Uma alta de 25pbs da Selic só ocorreria no caso de uma piora relevante do balanço de riscos”, concluiu em sua avaliação.
… Para além da ata, o mercado tem para monitorar nesta 4ªF os dados de serviços e, na 5ªF, as vendas no varejo. Se vierem fortes, podem mudar as expectativas para os juros, resgatando como maioria um último ajuste da Selic no Copom de junho.
NÃO FICARÁ DE GRAÇA – A trégua entre Estados Unidos e China pode ter afastado o risco de recessão, mas não chegou a tempo de evitar uma desaceleração, segundo economistas ouvidos pela Bloomberg.
… Eles ainda esperam que os dados do mercado de trabalho possam começar a mostrar o impacto no emprego no final de maio, enquanto a aceleração da inflação deve ficar evidente nos relatórios que serão divulgados no mês que vem.
… Essa combinação deixa a economia a caminho de crescer significativamente menos este ano do que em 2024.
… Embora a tarifa sobre os produtos chineses, de 30%, esteja bem abaixo da taxa de 145% aplicada no último mês, ainda representa um aumento acentuado em relação ao período anterior à posse do presidente Trump em janeiro.
… “O alívio temporário representa uma redução notável da tensão, mas não evitará uma desaceleração”, disse Gregory Daco, economista-chefe da EY. Para ele, “a demanda aquecida, as pressões elevadas sobre os preços e a incerteza política aguda ainda pesarão”.
… Uma questão fundamental é se as famílias e empresas aproveitarão a trégua de 90 dias para estocar mais.
… Mark Zandi, economista-chefe da Moody’s Analytics, espera que os relatórios semanais do seguro-desemprego comecem a aumentar até o Memorial Day, em 26 de maio, prenunciando uma desaceleração nas contratações, que ficará clara no payroll de junho.
… “Eu esperava que o governo fechasse em breve um acordo com a China e outros países, amenizando a guerra comercial. Mas a guerra continua. Espero que o retorno das compras antecipadas comece este mês e se estenda até junho e julho.”
… Outros economistas concordam: “É provável que os importadores dos EUA aumentem as compras no curto prazo para se protegerem contra o aumento das tarifas novamente”, disse o economista-chefe do Comerica Bank, Bill Adams.
… Também eParte inferior do formulário
…… Economistas da Bloomberg fizeram o alerta: “Um período de recuperação para reabastecer os estoques dos varejistas pode levar ao congestionamento dos portos, e se as prateleiras estiverem vazias, os aumentos de preços podem ser mais rapidamente.”
… Os analistas, em geral, concordaram que o acordo abriu uma perspectiva melhor, embora ainda moderada, para a economia dos EUA este ano. O UBS pode aumentar sua previsão do PIB deste ano em 0,4pp, para 0,5%.
… Também o IBS acredita em um aumento de 0,40pp de sua projeção do PIB, para 0,9%.
… O Goldman Sachs dobrou a previsão do PIB, a 1%, reduziu a probabilidade de uma recessão nos próximos 12 meses de 45% para 35% e ajustou em baixa a expectativa de inflação (PCE) de 3,8% para 3,6%.
PETROBRAS – Os ADRs registraram oscilações estreitas e divergentes no after hours em NY, após o balanço: ON, +0,17%, e PN, -0,36%.
… O lucro líquido de R$ 35,2 bilhões cresceu 48,6% sobre o 1Tri/2024, pouco acima das estimativas compiladas pelo Valor (R$ 34,9 bi). O Ebitda (R$ 61 bilhões) subiu 1,7% contra o 1Tri/2024 e a receita de vendas, +4,6%, para R$ 123,1 bilhões, frente ao 1Tri/2024.
… A Petrobras aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 11,72 bilhões, R$ 0,90916619/ação.
… Os proventos serão pagos em duas parcelas, nos meses de agosto e setembro. A primeira, de R$ 0,45458310/ação, no dia 20 de agosto, sob a forma de juros sobre capital próprio. A segunda, de R$ 0,45458309/ação, em 22 de setembro, entre dividendos e JCP.
… Os detentores de ADRs receberão os pagamentos a partir de 27 de agosto e de 29 de setembro, respectivamente.
… A Petrobras realiza teleconferência sobre o balanço às 12h.
MAIS BALANÇOS – JBS e Nubank divulgam resultados depois do fechamento, juntamente com a Caixa Econômica Federal, CVC, Pagbank, Raízen, Santos Brasil e SLC Agrícola. Confira abaixo no Em tempo os balanços de ontem à noite.
MAIS AGENDA – O índice ZEW de expectativas econômicas na Alemanha abre o dia (6h) na Zona do Euro, com estimativas de recuperação da queda de 14,0 registrada em abril para um avanço a 13,7 em maio, segundo o consenso do Trading Economics.
… Aqui, não há indicadores previstos, além da ata do Copom, mas o documento deve tomar muito tempo dos economistas.
… O presidente do BC, Gabriel Galípolo, está em Pequim, China, onde participa da missão do governo brasileiro e de jantar com Xi Jinping.
QUEBRANDO O GELO – Mesmo feita a ressalva de que a trégua de 90 dias entre os EUA e a China não significa uma retirada definitiva das tarifas, o acordo provisório removeu uma espada de cima da cabeça dos mercados.
… Dentro do Fed, coube a Austan Goolsbee o alerta de que, apesar da redução das taxas, as incertezas em torno da política comercial de Trump ainda representam risco de inflação e desaceleração do crescimento econômico.
… Mas o investidor quer ouvir Powell esta semana, em discurso na 5ªF. Se ele já estava sem pressa de relaxar a política monetária antes mesmo de Trump se entender com os chineses, ganha agora ainda mais tempo.
… O Goldman Sachs já jogou lá para frente, de julho para dezembro, a aposta para o primeiro corte do juro.
… Na medida em que esvazia o risco de recessão e as pressões por um Fed dovish, a aproximação entre os governos de Washington e Pequim fez a festa das bolsas em NY e puxou ontem o dólar e os juros dos Treasuries.
… A taxa da Note de 2 anos rompeu 4% e fechou a 4,001%, contra 3,883% na última 6ªF, antes da negociação comercial selada em Genebra. O retorno da Note de 10 anos subiu para 4,468%, de 4,381% no pregão anterior.
… No câmbio, o índice DXY saltou 1,44%, a 101,788 pontos, após ter rodado perto da linha dos 102 pontos na máxima do dia (101,977). Com o dólar recuperando seu status, as três principais moedas concorrentes caíram.
… O iene foi a 148,40/US$, o euro afundou 1,39%, a US$ 1,1090, e a libra recuou 0,94%, a US$ 1,3179. O real também foi trocado pelo interesse no dólar, que ainda segue, porém, abaixo de R$ 5,70: R$ 5,6840 (+0,52%).
… Loucas por um rali, após o pesadelo da guerra comercial, as bolsas em NY vibraram com a pausa nas tarifas recíprocas. O Nasdaq voltou à marca técnica de bull market: alta de pelo menos 20% contra o piso recente.
… O índice da bolsa eletrônica disparou 4,35% ontem, aos 18.708,344 pontos, acumulando uma valorização de 22,53% desde a mínima registrada quando Trump lançou as primeiras investidas de sua política protecionista.
… As ações das Sete Magníficas geraram nesta 2ªF uma onda compradora em Wall Street.
… Apple, que concentra boa parte da produção de iPhones na China, disparou 6,2%. A Tesla saltou 6,75%, já que os chineses representaram 22% da receita total da montadora de veículos elétricos no ano passado.
… Amazon arrancou 8,12%; Meta, +7,97%; Microsoft, +2,38%; Alphabet, +3,73%; e Nvidia, +5,44%. De ânimo revigorado, o Dow Jones subiu 2,81% (42.410,34 pontos) e o S&P 500 ganhou 3,26%, aos 5.844,19 pontos.
BYE BYE BRASIL – Chamou a atenção que o Ibov não tenha conseguido colar no boom de otimismo de NY, fechando perto da estabilidade (+0,04%, aos 136.563,18 pontos), com volume financeiro de R$ 24,4 bilhões.
… Passado o pior da turbulência tarifária, os EUA voltam a ser a melhor rota para o fluxo estrangeiro e investidores já se perguntam se a rotação de portfólios para os mercados emergentes vai se esgotar.
… Com a guerra comercial pegando fogo, o Brasil vinha faturando o interesse do k externo, mas se confronta agora com a realidade de que a sorte pode virar e que é melhor estar preparado para uma fuga de capital.
… “Essa reação imediata tão grande de descompressão da bolsa americana, subindo com tanta força, e o Treasury abrindo, para nós é um sinal amarelo”, observou ao Valor o gestor Fernando Fontoura, da Persevera.
… “É sinal de que aquele investidor mais estrutural (estrangeiro com posição grande) está vendendo mais.”
… Houve ontem realocação de recursos para setores mais ligados à retomada global, caso das commodities.
… Vale ON engatou alta de 2,51%, a R$ 54,28, e Petrobras também decolou: ON (+2,71%, a R$ 34,10) e PN (+2,39%, a R$ 31,65). Atenuada a tensão comercial, o petróleo Brent para julho avançou 1,64%, para US$ 64,96.
… O suporte veio também dos sauditas, maiores produtores da Opep+. A gigante petrolífera Aramco espera que a demanda por petróleo permaneça resiliente no ano, especialmente se EUA e a China resolverem as diferenças.
… Os papéis dos bancos caíram em bloco no Ibovespa: Itaú PN (-2,01%, a R$ 36,48); Bradesco PN (-1,46%, a R$ 14,90); BB ON, que divulga balanço na 5ªF, perdeu 1,56%, a R$ 29,07; e Santander Unit ON (-0,73%, a R$ 29,77).
… O desfecho positivo das tarifas deu força ao dólar, aos juros dos Treasuries e, de tabela, puxou por aqui a curva do DI, com exceção da ponta curta, que operou de lado, à espera do recado da ata sobre a Selic terminal.
… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,805% (contra 14,795% no pregão anterior); Jan/27, 14,040% (de 14,005%); Jan/29, 13,465% (de 13,385%); Jan/31, 13,600% (13,520%); e Jan/33, 13,650% (13,580%).
EM TEMPO… Prejuízo líquido da NATURA no 1Tri25 diminuiu 87,3% contra um ano antes, para R$ 151,5 mi. Receita líquida somou R$ 6,7 bi, alta anual de 45,8%…
… Ebitda recorrente totalizou R$ 789,5 mi, avanço de 30,1% contra igual intervalo do ano passado.
TELEFÔNICA BRASIL registrou lucro líquido de R$ 1,058 bi no 1TRI25, alta de 18,1% s/ 1TRI24. Receita líquida cresceu 6,2%, para R$ 14,390 bi; Ebitda aumentou 8,1%, para R$ 5,704 bi…
… A companhia distribuirá R$ 500 milhões na forma de JCP, ou 0,1543 brutos por ação; ex dia 23; data de pagamento ainda será definida.
SABESP. Lucro líquido contábil somou R$ 1,48 bilhão no 1Tri25, 80% acima do mesmo período de 2024. Entre janeiro e março, Ebitda ajustado registrou alta anual de 17,1% ano, somando R$ 3 bilhões…
… Receita líquida ajustada alcançou R$ 5,43 bilhões, crescimento de 3,9% em um ano…
… O conselho de administração aprovou um programa de recompra de até 6.904.170 ações ordinárias de emissão da companhia, o que representa aproximadamente 1% do total de ações em circulação.
ITAÚSA registrou lucro líquido de R$ 3,9 bi no 1Tri25, alta de 8% contra um ano antes.
BRADESCO e BB confirmaram que cada um dos bancos passará a deter um terço das ações da bandeira de cartões Elo, mesma fatia que a outra sócia, a Caixa Econômica Federal, também terá.
HAPVIDA teve lucro líquido ajustado de R$ 416,4 mi no 1Tri25, queda de 15,8% contra o 1Tri24. Sem ajuste, lucro foi de R$ 54,3 mi, recuo de 34,9% sobre um ano antes…
… Ebitda ajustado somou R$ 1,003 bi no 1Tri25, avanço anual de 0,5%. Receita líquida de R$ 7,499 bilhões ficou 7,3% acima de igual intervalo do ano passado.
BRAVA ENERGIA reverteu prejuízo e teve lucro de R$ 829,2 mi no 1Tri25. Ebitda ajustado somou R$ 1,070 bi, queda anual de 14%. Receita líquida totalizou R$ 2,874 bi, alta de 1,8% contra o 1Tri24.
YDUQS teve lucro líquido de R$ 128,7 milhões no 1TRI25, queda de 14,6% na comparação anual. Receita líquida subiu 1,6%, para R$ 1,487 bi; Ebitda recuou 1,1%, para R$ 503,3 milhões…
… A empresa divulgou guidance de lucro para o período de 2025 a 2030. Companhia projeta ganho líquido ajustado por ação entre R$ 1,70 e R$ 2,00 neste ano.
DIRECIONAL teve lucro líquido de R$ 164,515 milhões no 1TRI25, alta de 9,5% na comparação anual. Receita líquida subiu 33,6%, para R$ 894,132 milhões; Ebitda ajustado cresceu 42,2%, para R$ 233,8 milhões.
EVEN reportou lucro líquido consolidado de R$ 53,9 milhões no 1Tri25, queda de 16,9% contra o 1Tri24. Receita líquida totalizou R$ 337,3 milhões, baixa de 16,6% contra um ano antes.
IRB RE teve lucro líquido de R$ 118,6 mi no 1Tri25, alta de 49,9% em um ano.
GRUPO SBF teve lucro líquido ajustado de R$ 69,623 milhões no 1TRI25, alta de 64,6% na comparação anual. Receita líquida subiu 4,0%, para R$ 1,554 bi; Ebitda ajustado caiu 4,9%, para R$ 222,112 milhões.
AZZAS informou que a WGI Emerging Markets, administrada pela Westwood, passou a deter 10.344.746 ações de emissão da companhia. O montante soma 5,01% do total desta classe de ativos.
EMBRAER atualizou valor de dividendo anunciado em 29/4 para R$ 0,0701/ação; pagamento será realizado em 23/5; ex amanhã.
MOTIVA (antiga CCR) informou que o tráfego total de veículos nas concessões rodoviárias que administra caiu 14,3% em abril de 2025 ante o mesmo mês de 2024. No acumulado do ano, o recuo foi de 2,8%.
MOBLY informou, por meio de fato relevante, que recebeu a revogação da oferta pública voluntária para aquisição (OPA) do controle da companhia feita por Regain Participações e Paul Jean Marie Dubrule…
… A família fundadora da Tok&Stok, adquirida pela Mobly no ano passado, tenta impedir a fusão entre as duas empresas desde que o negócio foi anunciado.
AOS ASSINANTES DO BDM, BOM DIA E BONS NEGÓCIOS!
*com a colaboração da equipe do BDM Online
AVISO – Bom Dia Mercado, produzido pela Mídia Briefing, não pode ser copiado e/ou redistribuído.
Mercado espera detalhes do acordo EUA-China
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[12/05/25]
… Os mercados financeiros abrem hoje na expectativa pelos detalhes do acordo que teria sido fechado no fim de semana entre os EUA e a China, após apenas dois dias de negociações na Suíça. Já nos primeiros negócios, os futuros de NY e os pregões asiáticos festejavam a informação anunciada pelos dois países. A notícia prevalece sobre a agenda importante de indicadores nesta semana em NY, com inflação (CPI e PPI), vendas no varejo, produção industrial e confiança do consumidor, e no Brasil. A ata do Copom amanhã é esperada com grande interesse para sinalizar junho, além do volume de serviços e dados do comércio, que, se vierem fortes depois do IPCA, deverão reforçar as chances de um ajuste final da Selic, para 15%. O calendário de balanços também é extenso, com Petrobras hoje, após o fechamento.
… O aumento da produção de óleo e gás no 1Tri deve levar a Petrobras a registrar resultados melhores em relação ao 1Tri/24. Estimativas compiladas pelo Valor junto a bancos e corretoras apontam para um lucro líquido médio de R$ 34,9 bilhões (+47,25%).
… Para a receita líquida, a projeção é de R$ 130 bilhões (+10,47%) e para o Ebtida, de R$ 64,3 bilhões (+7,16%).
… Além de Petrobras, divulgam balanços nesta 2ªF o BTG Pactual, Itaúsa, Telefônica Brasil, Sabesp, Hapvida, Banco Inter, Natura, Brava, Direcional, YDUQS, IRB, Grupo SBF, Track & Field, Even, OceanPact, Technos, Terra Santa e Taurus.
… A temporada de resultados na B3 segue forte nos próximos dias, com destaque para JBS e Nubank amanhã (3ªF); Eletrobras, Equatorial, Eneva, Americanas e Cisco (4ªF); e BB, CPFL, BRF, Marfrig, Cyrela, Eztec, Gafisa, Lojas Marisa, Gol e Walmart (5ªF).
… A ata do Copom, nesta 3ªF, pode ajustar as apostas para a Selic terminal, depois que o comunicado deixou junho em aberto, sem definir se o ciclo está encerrado com a taxa básica em 14,75% ou se o Comitê verá a necessidade de mais uma alta residual de 25pbs.
… O IPCA de abril, divulgado na 6ªF, reforçou as posições mais conservadoras, já que, apesar da desaceleração na margem, trouxe elevado índice de difusão, somando-se às pressões da surpresa com a produção industrial de março, bem acima do esperado.
… Se a ata não resolver esse impasse, o volume do setor de serviços (4ªF) e as vendas no varejo de março (5ªF) podem ser decisivos.
… Já hoje, o mercado monitora a edição semanal da pesquisa Focus (8h25), com atualização das projeções de inflação, PIB, Selic e câmbio.
… Nos EUA, se confirmado o desfecho positivo das negociações com a China, uma onda de otimismo pode embalar os mercados e resgatar as apostas em corte antecipado do juro pelo Fed, com junho ressurgindo como uma possibilidade.
… Nesse contexto, os indicadores desta semana perderão o status, já que foram projetados no auge da guerra comercial de Trump com os chineses. Powell tem uma fala prevista para 5ªF e, já com mais clareza sobre o quadro, poderá validar o ponto de inflexão.
… Na noite deste domingo, os sites internacionais de notícias só tinham um destaque, o acordo anunciado pela Casa Branca com a China.
… O secretário do Tesouro, Scott Bessent, revelou que os dois dias de negociação em Genebra com autoridades chinesas foram “muito produtivos”, com “progresso substancial”, e que os detalhes serão fornecidos em um briefing na manhã desta 2ªF.
… O representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, que acompanhou Bessent à Suíça, confirmou que as discussões do fim de semana com a China foram “muito construtivas” e que se chegou a um “acordo”, sem antecipar mais informações.
… “A rapidez com que conseguimos chegar a um acordo significa que, talvez, as diferenças não eram tão grandes quanto se pensava. Nós estamos confiantes de que o acordo que fechamos com nossos parceiros chineses nos ajudará a resolver essa emergência nacional.”
… As autoridades chinesas que participaram das reuniões também falaram positivamente. O vice-primeiro-ministro da República Popular da China, He Lifeng, disse que a reunião “alcançou progressos substanciais”, chegando a um “consenso importante”.
… Já o representante de Comércio Internacional da China, Li Chenggang, sugeriu que uma declaração conjunta seria divulgada em breve. “Acredito que, independentemente de quando esta declaração for divulgada, será uma grande notícia. Boas notícias para o mundo.”
… “Este é um enorme ponto positivo na direção certa para os mercados”, disse Dan Ives (Wedbush Securities), em nota aos clientes. Para ele, “o fim de semana foi o melhor cenário possível, mostra que um acordo maior entre EUA e China já está em discussão”.
… Na Reuters, Michael Brown (Pepperstone) previu que investidores estarão agora mais confortáveis para retomar as posições de risco. “Parece que evitamos o pior cenário de fracasso das negociações e, de fato, alcançando algum progresso.”
… Brown apenas acrescentou que o mercado vai querer mais informações específicas para fortalecer essa convicção.
… Para Valentin Marinov (Crédit Agricole), “os últimos acontecimentos podem ser uma bênção para ativos e moedas correlacionados ao risco e um golpe para moedas consideradas refúgio, como o iene, o franco suíço e até mesmo o euro.”
… Os primeiros preços nos mercados de câmbio da Austrália e da Ásia nesta 2ªF mostraram que tanto o euro quanto o iene recuaram em relação ao dólar americano, enquanto o yuan offshore também apresentava uma leve valorização.
… Os ativos de risco também podem se beneficiar do cessar-fogo entre a Índia e o Paquistão, bem como dos sinais de que os líderes da Rússia e da Ucrânia devem se reunir esta semana. Putin propôs encontrar-se com Zelensky no dia 15 (5ªF), em Istambul (Turquia).
MAIS AGENDA – Trump anunciou no fim de semana que assinará hoje ordem executiva que pode reduzir os preços de medicamentos nos Estados Unidos entre 30% e 80%. Amanhã, o presidente parte para uma viagem oficial no Oriente Médio.
… Em visitas à Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes, a pauta engloba o cessar-fogo entre Israel e Gaza, petróleo, comércio, acordos de investimento e novos desenvolvimentos nas áreas de exportação de semicondutores avançados e programas nucleares.
… Entre indicadores fora dos EUA, são destaques nesta semana: o PIB/1Tri na Zona do Euro e no Japão, e dados de inflação na Alemanha.
PETRÓLEO – O Irã e os EUA realizaram neste domingo a quarta rodada de negociações sobre o programa nuclear.
… O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei, classificou as conversas como “difíceis, mas úteis”. Fonte americana disse que o resultado foi “encorajador” e que um próximo encontro ocorrerá em breve.
CHINA – Em linha com as expectativas, a inflação ao consumidor (CPI), divulgada na noite da última 6ªF, recuou 0,1% em abril, na comparação anual, repetindo o declínio de março e marcando o terceiro mês consecutivo de queda.
… Já o índice de preços ao produtor (PPI) chinês teve queda anualizada de 2,7% no período, após recuo de 2,5% em março. O dado veio levemente pior do que o esperado pelo consenso dos analistas de mercado, de -2,8%.
GALÍPOLO – O presidente do BC está fora do Brasil em viagens oficiais à Suíça, onde participou no fim de semana das reuniões bimestrais do BIS na Basileia, e agora segue para a China (amanhã, 13 de maio) e para a Espanha (15 e 16 de maio).
FAZ PARTE DO MEU SHOW – NY manteve a volatilidade à véspera da reunião entre os EUA-China em Genebra, diante dos novos sinais trocados de Trump, ao cogitar na 6ªF quedas das tarifas a Pequim de 145% para 80%.
… O comentário só serviu para a Casa Branca desmentir depois, quando a chefe de comunicação do governo de Washington esclareceu que os americanos cobrariam concessões e não cortariam as taxas unilateralmente.
… O mercado está cansado de saber que a retórica de Trump é muito pouco confiável, muitas vezes sem compromisso com a verdade. Assim, tão rápido quanto se arriscaram a subir, as bolsas em NY devolveram tudo.
… Também os Fed boys trataram de indicar que Powell está certo quando diz não ter pressa de relaxar os juros, porque, até que saiam avanços concretos para um desfecho da guerra comercial, a estratégia é arriscada.
… Raphael Bostic não acredita ser prudente ajustar a política monetária com “tão pouca visibilidade do caminho a seguir”. Adriana Kugler defendeu a posição do Fomc de manter os juros inalterados na próxima reunião (maio).
… Agora é ficar na torcida para que os americanos e os chineses tenham mesmo conseguido se entender nas últimas 48h em que estiveram na Suíça, porque é isso que pode fazer a total diferença para uma reviravolta otimista.
… Em compasso de espera pelas negociações do fim de semana, o Dow Jones caiu 0,29% (41.249,38 pontos), enquanto o S&P 500 (-0,07%, aos 5.659,91 pontos) e o Nasdaq (17.928,92 pontos) se acomodaram na estabilidade.
… Entre os Treasuries, profissionais de mercado citaram o clima de esperar para ver, que derrubou de leve as taxas da Note de 2 anos (a 3,883%, contra 3,893% na véspera) e de 10 anos, para 4,381%, de 4,385% no dia anterior.
… Também o dólar caiu lá fora. Não quis confiar antecipadamente em um progresso com a China no fim de semana.
… A reputação da moeda americana foi tão abalada nos últimos tempos pelo protecionismo econômico kamikaze de Trump, que vem acontecendo o que parecia improvável, com migração de investimentos para outras divisas globais.
… Na 6ªF, o índice DXY caiu 0,3%, embora tenha conseguido defender a linha dos 100 pontos (100,339). O iene acelerou para 145,35/US$, o euro avançou 0,26%, cotado a US$ 1,1253, e a libra ganhou 0,44%, a US$ 1,3306.
… Em meio à busca recente por alternativas diferentes à moeda americana, estrategistas do BofA veem espaço para valorização adicional do real. Na 6ªF, o dólar estacionou na casa de R$ 5,65, à espera do desenrolar na Suíça.
… Limitou a baixa a 0,11%, negociado a R$ 5,6548, um dia depois de ter registrado queda intensa, de quase 1,5%. Diante do enfraquecimento global, a XP reduziu na 6ªF a projeção do dólar no fim do ano de R$ 6,00 para R$ 5,80.
PLATÔ – Uma continuidade do alívio no câmbio pode ajudar o Copom a parar de subir a Selic, apesar do recado do comunicado da semana passada de juro em patamar “significativamente contracionista por período prolongado”.
… Qualquer abordagem mais dovish do BC continua condicionada à política comercial de Trump e à política fiscal de Lula, neste momento em que a inflação ainda continua rodando alta e estourando o teto da meta, de 4,5%.
… Embora o IPCA de abril, divulgado na 6ªF, tenha desacelerado para 0,43%, contra 0,56% em março, subiu em 12 meses, de 5,48% para 5,53%. A inflação segue espalhada: o índice de difusão foi de 64,72% para 66,84%.
… Outra evidência ruim é que a alta acumulada pelos preços nos serviços subjacentes, de 6,7%, é a maior desde junho de 2023. Diante das pressões no resultado, o ASA elevou sua projeção para IPCA deste ano de 5,3% para 5,4%.
… Mas a XP reduziu de 6,0% para 5,7%, refletindo a melhora no câmbio e a queda do petróleo, embora no intervalo da última semana a commodity venha testando uma reação, apontando em progressos na negociação com a China.
… O barril do Brent para entrega em julho registrou valorização de 1,70% na 6ªF, para US$ 63,91.
… No geral, a expectativa é de que, se der tudo certo lá fora e a tensão comercial parar de escalar, o ambiente externo possa propiciar ao Copom um importante argumento para dar um fim ao ciclo de aperto monetário.
… Apesar do desconforto com o IPCA de abril, a ponta curta do DI operou estável na 6ªF, de olho nas novidades do fim de semana em Genebra. Os contratos mais longos fecharam com viés de queda, mas também perto dos ajustes.
… O contrato de juro para janeiro de 2026 marcou 14,795% (de 14,790% no fechamento anterior); Jan/27, 14,005% (contra 13,990%); Jan/29, 13,385% (de 13,415%); Jan/31, 13,520% (contra 13,590%); e Jan/33, 13,580% (13,640%).
… A esperança de que o momento mais crítico da guerra comercial tenha passado e que, por aqui, o BC comece a preparar os espíritos para aliviar o conservadorismo promete resgatar o apetite do investidor estrangeiro para a B3.
… Neste início de maio, o saldo em capital externo está positivo em R$ 1,3 bi, depois da fuga no começo de abril.
… O Ibovespa volta a sonhar com recordes inéditos de pontuação. O pregão da 6ªF, porém, foi morno, porque em todo o mundo os investidores operaram engessados pela expectativa com os desdobramentos entre os EUA-China.
… O índice à vista fechou em alta discreta de 0,21%, aos 136.511,88 pontos. A surpresa ficou com o giro de R$ 29,7 bilhões, inflado pela venda de participação relevante (16,5%) de coinvestidores do fundo Pátria na SmartFit (-4,75%).
… A rede de academias sozinha girou quase R$ 2,7 bilhões, mais que Itaú PN, que movimentou perto de R$ 2 bi após a divulgação de seu balanço trimestral muito elogiado e que garantiu rali aos papéis do banco (+5,41%, a R$ 37,23).
… Ainda Bradesco PN (+0,27%, a R$ 15,12), BB (+0,41%, a R$ 29,53) e Santander (+0,87%, a R$ 29,99) fecharam no azul. Petrobras ON (+0,51%; R$ 33,20) e PN (+0,65%; R$ 30,91) repercutiram nova descoberta de petróleo.
… A companhia identificou a presença de petróleo de “excelente qualidade e sem contaminantes” no pré-sal no campo de Aram, localizado na bacia de Santos. Esta é a segunda descoberta no campo anunciada em dois meses.
… Vale ON (+0,40%, a R$ 52,95) registrou ganho moderado, apesar de o minério ter fechado em queda de 0,57%.
EM TEMPO… BRASKEM reverteu prejuízo e teve lucro líquido de R$ 698 milhões no 1Tri25. O Ebitda recorrente foi de R$ 1,3 bilhão, com alta de 16% ante os primeiros três meses de 2024…
… A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 19,5 bilhões, alta de 9% contra igual intervalo do ano passado.
PETROBRAS comunicou que, após seis anos, retomou as perfurações de poços na Bahia, do poço 7-TQ-240D-BA, localizado no campo de Taquipe, em São Sebastião do Passé, a cerda de 80 km de Salvador (BA)…
… A Petrobras também informou que a Proquigel, subsidiária da Unigel, aprovou acordo para encerramento das controvérsias contratuais e litígios existentes entre as empresas…
… Acordo prevê o retomada da posse e operação das unidades de fertilizantes (FAFENs), na Bahia e em Sergipe, pela Petrobras. Para produzir seus efeitos, o acordo ainda precisará ser homologado pelo Tribunal Arbitral.
BANCO MASTER. O Banco de Brasília (BRB) conseguiu derrubar uma decisão que o impedia de fechar a compra da instituição, anunciada no final de março.
BANCO ABC BRASIL teve lucro líquido de R$ 225,6 milhões no 1TRI25, alta de 1,1% na comparação anual. ROAE ficou em 14,1% no 1TRI25, de 15,1% no 1TRI24.
BANCO BV encerrou o 1Tri25 com lucro líquido recorrente de R$ 480 milhões, crescimento de 49,6% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
MINERVA firmou acordo de leniência de R$ 22 milhões com a CGU e a AGU relacionado a investigações iniciadas em 2017 sobre supostos pagamentos indevidos a auditores fiscais federais agropecuários em Araguaína (TO).
JHSF. O conselho de administração aprovou a proposta de venda de uma fração do imóvel onde funciona o Shopping Ponta Negra, em Manaus, de sua titularidade.
FERTILIZANTES HERINGER reverteu prejuízo e teve lucro líquido de R$ 59,577 milhões no 1Tri25. Apesar da melhora no resultado trimestral, a empresa contabilizou queda de 6,7% na receita líquida de vendas…
… O Ebitda ficou positivo em R$ 3,539 milhões, ante resultado negativo de R$ 52,116 milhões na comparação anual.
RAÍZEN informou que a BlackRock passou a deter 5,001% das ações preferenciais.
HIDROVIAS DO BRASIL fará a 4ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, para distribuição pública, em até duas séries, no valor R$ 2,2 bilhões.
JALLES MACHADO. O conselho de administração aprovou a sexta emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em duas séries, no valor de R$ 400 milhões.
COPEL informou que a GQG Partners LLC aumentou sua participação acionária na companhia para 65.162.324 ações ordinárias, representando 5,01% do total desta classe de ação.
ISA ENERGIA. O STJ determinou convocação da empresa e da Fazenda de SP para audiência dia 22 sobre complementação de aposentaria e pensão a colaboradores da antiga Cesp até maio/1974.
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*com a colaboração da equipe do BDM Online
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IPCA de abril e Fed boys encerram a semana
Por Rosa Riscala e Mariana Ciscato*
[09/05/25]
… Na véspera das primeiras negociações entre EUA e China, neste fim de semana, na Suíça, surge a informação de que Trump pode cortar em mais da metade a tarifa aos produtos chineses, garantindo um dia positivo aos mercados globais, juntamente com o acordo fechado com o Reino Unido. Segundo a mídia, a Casa Branca discute uma redução para algo entre 50% e 54%, já a partir da próxima semana. Além disso, as tarifas para os países do sul da Ásia seriam reduzidas para 25%. Nesta 6ªF, a balança comercial chinesa mostrou alta de 8,1% das exportações, após terem disparado 12,4% em março, com a antecipação de compras para evitar as alíquotas de 145%. Na agenda de hoje, são destaques as falas de seis Fed boys e o IPCA de abril (9h), que deve confirmar nova perda de fôlego da inflação na margem.
… A previsão dos economistas é de desaceleração do índice de 0,56% em março para alta entre 0,38% e 0,44%, diante da queda dos combustíveis e das passagens aéreas. O acumulado em 12 meses, porém, deverá continuar subindo.
… O economista Igor Cadilhac (PicPay) espera algum alívio na inflação de alimentos (1,31% em março), mas ainda com impacto relevante. Ele projeta 0,42% no IPCA, o que elevaria a inflação acumulada de abril/24 a abril/25 de 5,48% para 5,52%.
… Segundo a Monte Bravo, o núcleo de serviços deve subir 0,50% em abril, abaixo da alta de 0,65% registrada em março.
… Os dados do IPCA podem influenciar as expectativas para os juros, após o Copom ter deixado em aberto a chance de um ajuste final da Selic em junho. Mas os trechos intermediário e longo devolveram prêmios com a proximidade do fim do ciclo (abaixo).
… Também ajudou o desempenho positivo em Wall Street nesta 5ªF, quando investidores voltaram a tomar risco com o ambiente de mais confiança. Mudando a conversa, Trump disse que, “com certeza”, as tarifas para a China seriam reduzidas durante as negociações.
… O acordo com o Reino Unido, apesar do anúncio, ainda não está fechado. Segundo o embaixador britânico nos EUA, as negociações são “apenas o começo” e não a versão final. Trump admitiu que ainda há detalhes que estão sendo discutidos.
… Mas diante das pressões para acelerar os acordos, o presidente convocou a coletiva para revelar o que já foi acertado.
… Washington manteve a alíquota de 10% para veículos do Reino Unido sobre uma cota de 100 mil unidades e zerou os 25% sobre o aço e o alumínio. Os britânicos vão comprar mais carne bovina dos EUA e facilitar o processo alfandegário a produtos americanos.
… Em nota, a Casa Branca afirmou que o acordo pode promover um aumento de US$ 5 bilhões no comércio dos EUA para o Reino Unido, que inclui mais de US$ 700 milhões em exportações de etanol e US$ 250 milhões em produtos agrícolas.
… Já Trump publicou nas suas redes sociais que o aumento de arrecadação com as tarifas para o Reino Unido seria de US$ 6 bilhões.
… Em entrevista à Bloomberg, o secretário do Comércio americano, Howard Lutnick, disse que os acordos comerciais com a Coreia do Sul e o Japão podem levar muito mais tempo para serem concluídos do que o acordo com o Reino Unido.
… “É preciso investir muito tempo com o Japão e a Coreia do Sul. Não serão acordos rápidos”, disse ele, acrescentando que a Índia tem “se esforçado bastante” e que “certamente” tem a possibilidade de estar entre os próximos países a chegar a um acordo.
… O chefe do Comércio, que assumiu um papel de liderança nas negociações comerciais, disse que as tarifas básicas de 10% de Trump são um “ponto de partida”, mas que muitos países terão taxas mais altas a menos que ajam agressivamente para abrir suas economias.
… Após o anúncio sobre o Reino Unido, Trump disse aos repórteres que estava “muito perto de assinar vários acordos”.
… Enquanto isso, a União Europeia divulgou uma lista de produtos dos Estados Unidos que poderão ser tarifados caso os países do bloco não consigam reduzir as tarifas recíprocas aplicadas por Washington. A UE ameaçou também acionar a OMC.
… “A UE continua totalmente comprometida em encontrar soluções negociadas com os EUA”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Ao mesmo tempo, acrescentou, “continuamos nos preparando para todas as possibilidades”.
… As medidas retaliatórias da UE podem afetar 95 bilhões de euros em importações americanas ao bloco. A lista inclui centenas de itens agrícolas e industriais, além de whisky Bourbon, tequila e outras bebidas alcoólicas.
…. Atualmente, a UE busca negociar um acordo para evitar as tarifas recíprocas de 20% que Trump ameaça aplicar a todas as importações da UE aos EUA. Trump também impôs uma tarifa de 25% sobre todos os veículos importados e uma tarifa de 25% sobre aço e alumínio.
… Na novidade do dia, Trump está pressionando o Congresso a aumentar a tributação sobre os americanos mais ricos como uma forma de compensar os cortes de impostos realizados em seu principal pacote econômico e cumprir algumas promessas de campanha.
… O presidente propõe a criação de uma alíquota de 39,6% para quem ganha US$ 2,5 milhões, contra a alíquota máxima de 37% hoje.
DÓLAR PERDE STATUS – Ainda na Bloomberg, reportagem afirma que a mudança global para contornar o dólar ganha força na Ásia.
… Bancos e corretoras estão observando uma demanda crescente por derivativos de moeda que não dependam do dólar, à medida que as tensões comerciais acrescentam um senso de urgência a uma mudança de anos em relação ao dólar.
… As empresas estão recebendo mais solicitações de transações, incluindo hedges que evitam o dólar e envolvem moedas como o yuan, o dólar de Hong Kong, o dirham dos Emirados e o euro. Há também demanda por empréstimos denominados em yuan.
… A tentativa de achar alternativas é mais um sinal de que empresas e investidores estão dando as costas à moeda de reserva mundial, que foi atingida por uma onda de vendas esta semana em meio a mudanças nas apostas em acordos comerciais.
… Stephen Jen, estrategista renomado conhecido por seu trabalho sobre a teoria do “sorriso do dólar”, alertou para potencial “avalanche” de US$ 2,5 trilhões em vendas de dólares, o que poderia prejudicar o apelo da moeda a longo prazo.
… A queda do dólar nesta semana refletiu ansiedades de curto prazo em relação às tensões comerciais que agora dominam o sentimento, mas mudanças estruturais na forma como o dólar é usado (e por quem) apontam para uma tendência de desdolarização no futuro.
CHINA HOJE – As exportações continuaram crescendo em ritmo sólido em abril (+8,1%), apesar das pesadas tarifas de Trump, e as importações (-0,2%) caíram menos que o previsto (-5,5%), com superávit de US$ 96,18 bi.
… No Japão, as exportações desaceleraram nos primeiros 20 dias de abril, à medida que a campanha tarifária dos EUA se intensificou com novos impostos sobre carros e impostos gerais, aumentando 2,3%, contra +4,2% nos primeiros 20 dias de março.
… No final da noite de hoje (22h30) são esperados ainda os dados da inflação na China, com o CPI e o PPI de abril.
MAIS AGENDA – O ministro Fernando Haddad participa, em São Paulo (9h30), do Lançamento da calculadora de Renda Variável (REVAR) desenvolvida em parceria da Receita Federal com a B3. Às 14h, terá uma reunião com o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
… Nesta 5ªF, Haddad recebeu representantes da agência de classificação de riscos Moody’s e afirmou a eles que não haverá nenhuma mudança de rota em relação à política fiscal do Brasil. E também que a meta fiscal deste ano será cumprida novamente.
… “Essas reuniões são preparatórias do relatório [da Moody’s]. Então, eu apresentei o cenário que eu entendo que vai se realizar nos próximos anos, que é o cumprimento da meta pelo segundo ano consecutivo na forma do arcabouço fiscal”, disse a jornalistas.
… Segundo o ministro, os representantes da Moody’s “se surpreenderam” positivamente com o resultado fiscal obtido pelo país no ano passado. “Eu apresentei o plano de voo e sugeri que não tem no horizonte nenhuma mudança de rota em relação à política fiscal.”
BC – Gabriel Galípolo tem reunião virtual com Agustin Carstens, diretor-geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS), às 12h30, enquanto os diretores Diogo Guillen e Paulo Picchetti viajam para Basileia, Suíça, para as reuniões da instituição nos próximos dias.
… Nesta 5ªF, Galípolo reuniu-se no final da tarde com o controlador do Banco Master, Daniel Vorcaro, para discutir o acordo com o BRB, que pode estar perto, com possibilidade de ser anunciado nos próximos dias, segundo interlocutores consultados pelo Valor.
… No fim de semana, Galípolo viaja para a China, em missão do governo brasileiro no dia 13 de maio, e depois para Madri, na Espanha.
ABCR – Divulga (10h) os dados do fluxo em estradas pedagiadas em abril.
LÁ FORA – Pronunciamento de Andrew Bailey, presidente do BoE, abre o dia no Reino Unido (5h40), após o BC cortar a taxa de juro em 25pbs, de 4,5% para 4,25%. Horas antes, na madrugada brasileira, sai a produção industrial britânica em março.
… Em entrevista à CNBC, Bailey disse que o Reino Unido caminha para mais incerteza econômica, apesar de ter fechado o acordo com os EUA. “Um acordo comercial é muito bem-vindo… Mas o Reino Unido é uma economia muito aberta”, disse ele.
… Às 7h15, fala o primeiro Fed boy, John Williams/NY, seguido por Michael Barr (7h45), Adriana Kugler (9h30), Austan Goolsbee/Chicago (11h), Christopher Waller (12h30), John Williams pela segunda vez (12h30), Lisa Cook (14h45) e Beth Hammack/Cleveland (20h45).
… Às 14h, Baker Hughes divulga os poços e plataformas de petróleo em operação nos Estados Unidos.
PERU – Retomou o afrouxamento monetário com a inflação firmemente sob controle e as tarifas dos EUA representando riscos crescentes para sua economia. O BC cortou sua taxa básica de juros de 4,75% para 4,5% nesta 5ªF, conforme esperado pelo mercado.
BALANÇOS – Braskem divulga resultado hoje após o fechamento, junto com os números do Banco ABC Brasil e Banco Pan.
… Às 10h, o investidor acompanha a teleconferência do Itaú Unibanco, que anunciou ontem à noite lucro recorrente de R$ 11,128 bi, alta de 13,9% na comparação anual. A carteira de crédito total ajustada cresceu 13,2% (R$ 1,383 trilhão) e o ROE atingiu 22,5%.
… Confira abaixo no Em tempo… a série de balanços divulgados nesta 5ªF após o fechamento dos mercados.
NOS EMBALOS DE SÁBADO – Sentindo firmeza na garantia de Trump de que “com certeza” haverá “progressos substanciais” no diálogo entre os EUA e a China, amanhã, em Genebra, os mercados anteciparam o otimismo.
… O acordo comercial que está sendo negociado com o Reino Unido, ampliou a percepção de que Trump “piscou” primeiro e que será obrigado a dar o braço a torcer, depois de comprar guerra com o mundo.
… O noticiário abriu o apetite por risco e levou o índice DXY do dólar a resgatar a linha dos 100 pontos.
… Aqui, o dólar desarmou pressão, o Ibov saltou quase 3 mil pontos e renovou o pico histórico intraday, na casa dos 137 mil pontos, e o DI queimou prêmio de risco. Os negócios domésticos operaram sob o estímulo extra do Copom.
… De olho no fim do ciclo de aperto, além do alívio externo, investidor correu para aplicar na bolsa brasileira. O giro financeiro foi forte, de R$ 34,6 bilhões, para um dia sem nenhum evento excepcional, como exercício de opções.
… Escrevendo seu mais novo recorde durante um pregão, o Ibov (+2,12%) cravou 137.634,57 pontos, mas falhou em bater a melhor pontuação de fechamento de todos os tempos (137.343 pontos). Terminou a 136.231,90 pontos.
… Estrela do dia, Bradesco brilhou com alta de dois dígitos (PN, +15,64%, a R$ 15,08; e ON, +14,04%, a R$ 13,40), repercutindo o maior lucro trimestral em quase dois anos. Itaú subiu 0,80%, a R$ 35,32, horas antes de seu balanço.
… Ainda entre as blue chips financeiras, BB ON ganhou 0,34% (R$ 29,41) e Santander Unit decolou 4,13% (R$ 29,73).
… Depois de terem começado mal a semana, com a produção maior da Opep+ e a queda do preço do diesel nas refinarias, os papéis da Petrobras agora não param mais de subir: ON (+1,69%, a R$ 33,03) e PN (+1,39%, a R$ 30,71).
… Lá fora, a primeira negociação de Trump com o Reino Unido desde o tarifaço, em abril, turbinou o petróleo Brent para julho (+2,81%, a US$ 62,84), que agora está de volta aos níveis anteriores à reunião da Opep sobre a oferta.
… Apesar de o minério de ferro ter recuado 2% na China, Vale ON (-0,30%, a R$ 52,74) teve mais um dia morno.
POUCO OU NADA – Como o Copom não disse nem que sim e nem que não vai mais subir o juro novamente em junho, preferindo aguardar os desdobramentos da guerra comercial, o DI espera pela ata (3ªF) fazendo algum hedge.
… Metade do mercado incorpora um ajuste final de 0,25pp da Selic mês que vem, enquanto os outros 50% apostam que o ciclo já acabou, com juro abaixo de 15%. Mas se o BC ainda não deu tudo por encerrado, está muito perto.
… Respeitando a flexibilidade do Copom, que deixou no comunicado o seu próximo passo em aberto, a ponta curta dos juros futuros teve que subir ontem, porque não dá para descartar de vez um último aperto monetário.
… A convicção, por outro lado, de que o fim do processo restritivo está próximo coincidiu com a melhora de humor externo e derrubar os vencimentos de médio e longo prazo da curva do DI no day after da reunião do Copom.
… No fechamento, o DI para janeiro de 2026 subia a 14,790% (de 14,715% no pregão anterior); e Jan/27, a 13,990% (de 13,985%). Já o Jan/29 caía a 13,415% (de 13,500%); Jan/31, a 13,590% (13,660%); e Jan/33, a 13,640% (13,700%).
… Reportagem do Valor indica apostas entre os bancos estrangeiros de que a curva deve começar mostrar alívio a partir do vértice de 2027. Para o JPMorgan, ganha terreno a ideia de que a inflação deve responder à Selic alta.
… No Deutsche Bank, o estrategista-chefe para mercados emergentes, Drausio Giacomelli, projeta de 2pp a 2,5pp de cortes precificados na curva, “o que dá suporte à nossa estratégia de aplicar juros nos vértices de 2027 e 2028”.
… Na prática, o fim do ciclo de aperto monetário pelo Copom é desvantajoso para o carry trade.
… Ainda assim, o dólar afundou 1,46% e voltou para baixo de R$ 5,70, a R$ 5,6613, seja porque a Selic vai continuar elevada por um período prolongado ou porque deu tudo certo lá fora ontem ou por causa das duas coisas juntas.
… Para a Capital Economics, a pressa de Trump em demonstrar progresso nos acordos comerciais revela desespero crescente dentro do governo para reverter as tarifas, antes que elas atinjam o crescimento do PIB e a inflação.
… Ainda assim, ponderou a consultoria, é uma boa notícia que o presidente americano não esteja mais esticando a corda. Animado, o índice DXY subiu 1,02%, alcançando 100,640 pontos. O dólar avançou para 145,90 ienes.
… O euro caiu 0,81%, a US$ 1,1226, e a libra perdeu 0,42%, a US$ 1,3245, após o BoE ter cortado o juro.
… Já o Fed sem pressa de relaxar a política monetária continua irritando Trump, que chamou Powell de “tolo sem noção”. “Ele não está apaixonado por mim, senão ele estaria reduzindo juros”, disse, em nova provocação.
… Blindado da política, o Fed cauteloso ajudou a sustentar a Note de 2 anos perto de 3,9%, a 3,893% (de 3,785%).
… Além disso, o mercado aproveitou para se desfazer de posições defensivas nos Treasuries, apostando na aproximação dos EUA com a China e o Reino Unido. O rendimento da Note de 10 anos avançou a 4,385%, de 4,283%.
… Seguindo à risca o conselho de Trump para o investidor comprar bolsa antes do fim de semana de negociações na Suíça, o Dow Jones subiu 0,62% (41.368,45 pontos); S&P 500, +0,58% (5.663,94); e Nasdaq, +1,07% (17.928,14).
EM TEMPO… Prejuízo líquido da CSN registrou piora de 52,5%, para R$ 732 mi no 1Tri25. Ebitda ajustado de R$ 2,509 bi teve alta anual de 27,6%. Receita líquida avançou 12,3%, para R$ 10,908 bi.
CSN MINERAÇÃO reverteu lucro e teve prejuízo líquido de R$ 357 mi no 1Tri25. Ebitda ajustado alcançou R$ 1,4 bi, alta anual de 27%. Receita líquida cresceu 21,7%, para R$ 3,4 bilhões…
… Empresa aprovou R$ 1,3 bi em dividendos e JCP, a R$ 0,23 por ação; ex em 13/05.
B3 informou lucro líquido de R$ 1,1 bi no 1Tri25, alta de 16,5% contra 1Tri24. Ebitda recorrente somou R$ 1,7 bi, avanço de 5,5%. Receita total ficou em R$ 2,7 bi, crescimento de 7,7% em um ano…
… Empresa disse desconhecer motivo de alta recente e forte volume financeiro das suas ações nos últimos pregões.
SUZANO teve lucro líquido de R$ 6,348 bi no 1TRI25, salto de 2.785,5% s/ lucro de R$ 220 milhões do 1TRI24. A receita líquida subiu 22%, para R$ 11,553 bi; Ebitda ajustado aumentou 7%, para R$ 4.866 bi.
LOJAS RENNER teve lucro líquido de R$ 221,0 milhões no 1TRI25, alta de 58,7% s/ 1TRI24. Receita líquida cresceu 12%, para R$ 3,257 bi; Ebitda ajustado subiu 54,9%, para R$ 585,2 milhões.
ALPARGATAS reportou lucro líquido de R$ 112,4 milhões no 1Tri25, mais de quatro vezes superior a um ano antes. Receitas líquidas somaram R$ 1,1 bilhão, alta de 18%. Ebitda cresceu 92,9% para R$ 207,3 milhões.
ASSAÍ teve lucro líquido de R$ 162 milhões no 1TRI25, alta de 74,2% na comparação anual. Receita líquida subiu 7,7%, para R$ 18,552 bi; Ebitda ajustado aumentou 13,9%, para R$ 1,022 bi.
CARREFOUR informou que o Morgan Stanley aumentou a sua participação acionária na companhia, por meio de suas subsidiárias, passando a deter 11,9%, o equivalente a 250.320.473 ações ordinárias.
MAGALU registrou lucro líquido de R$ 12,8 milhões no 1Tri25, queda de 54,3% contra mesmo período do ano anterior. No resultado ajustado, que desconsidera efeitos não recorrentes, lucro de R$ 11,2 milhões recuou 62,5%…
… Ebitda ajustado avançou 10,3% na base anual, alcançando R$ 758,8 milhões. Receita líquida somou R$ 9,389 bilhões, com crescimento de 1,6% em relação ao 1Tri24.
PETZ reverteu prejuízo e teve lucro líquido de R$ 759 mil no 1Tri25. Ebitda totalizou R$ 47,097 milhões, queda de 10,3% contra o 1Tri24. Receita líquida cresceu 7,9%, para R$ 839,1 milhões.
LWSA. Lucro líquido ajustado subiu 28,4% no 1TRI25 s/ 1TRI24, a R$ 34,8 milhões. Receita líquida aumentou 8,8%, para R$ 348,9 milhões; Ebitda ajustado cresceu 15,1%, para R$ 70,2 milhões.
LOCALIZA reportou lucro líquido consolidado de R$ 842 milhões no 1Tri25, alta de 14,8% contra igual período de 2024. Ebitda consolidado somou R$ 3,327 bilhões, crescimento de 13,9%…
… Receita líquida consolidada avançou 16,7%, somando R$ 10,139 bilhões.
UNIDAS LOCAÇÕES E SERVIÇOS fará a sua terceira emissão de notas comerciais escriturais, em série única, no valor de R$ 350 milhões, para distribuição pública e com garantia fidejussória.
ECORODOVIAS registrou lucro líquido de R$ 146,7 milhões no 1Tri25, queda de 36,6% contra igual intervalo de 2024. Ebitda ajustado cresceu 15,3% e atingiu R$ 1,254 bilhão. Receita líquida somou R$ 1,668 bilhão, 9,7% maior.
RANDONCORP reverteu lucro e teve prejuízo de R$ 7,67 milhões no 1Tri25. Ebitda consolidado recuou 2,2% na comparação anual, totalizando R$ 339,25 milhões.
RUMO reverteu lucro e reportou prejuízo líquido de R$ 97 milhões no 1Tri25. No critério ajustado, houve lucro líquido de R$ 188 milhões, queda de 48,9% na mesma base comparativa…
… O Ebitda da companhia somou R$ 1,3 bilhão, 20,1% abaixo do 1Tri de 2024. No critério ajustado, a cifra foi de R$ 1,635 bilhão, recuo anual de 3,2%. A receita líquida foi de R$ 2,967 bilhões, queda de 6%.
FLEURY registrou lucro líquido de R$ 179,3 milhões no 1Tri25, alta de 6,7% contra o mesmo período de 2024. Ebitda ficou em R$ 547,6 milhões, 5,9% acima do 1Tri do ano passado. Receita líquida somou R$ 2,01 bilhões, alta de 5,8%.
COGNA teve lucro líquido ajustado de R$ 154,383 milhões no 1TRI25, alta de 205% s/ 1TRI24. Receita líquida cresceu 5,8%, para R$ 1,627 bi; Ebitda recorrente aumentou 12,2%, para R$ 556,011 milhões.
ÂNIMA anunciou a sétima emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, em série única, no valor de R$ 150 milhões.
CEMIG registrou lucro líquido de R$ 1,04 bilhão no 1Tri25, queda de 9,9% na base anual. Ebitda ajustado caiu 9,6%, para R$ 1,799 bilhão. Receita líquida cresceu 8,7%, a R$ 9,844 bilhões.
COPEL obteve lucro líquido de R$ 664,7 milhões no 1Tri25, alta de 24,6% na comparação anual. Ajustando a itens não recorrentes, o resultado líquido do período foi de R$ 576,9 milhões, crescimento de 6,4% na base anual…
… O Ebitda atingiu R$ 1,736 bilhão no trimestre, valor 24,1% maior que o visto no mesmo intervalo do ano anterior. Já o Ebitda recorrente somou R$ 1,503 bilhão, aumento de 13,0%…
… A receita operacional líquida aumentou 8,8% em relação à igual trimestre de 2024, para R$ 5,892 bilhões.
ENERGISA. O lucro líquido consolidado caiu 9,5% no 1Tri25 em relação ao mesmo período de 2024, para R$ 1,026 bilhão. Com ajustes, o lucro da companhia foi de R$ 390 milhões, 47,9% menor do que o reportado um ano antes…
… A receita operacional líquida do período alcançou R$ 6,921 bilhões, alta anual de 4,4%. O Ebitda ajustado recorrente somou R$ 1,857 bilhão, queda de 15,8% em comparação com o primeiro trimestre de 2024.
ALUPAR. O conselho aprovou a distribuição de R$ 69,2 mi em dividendos; ex em 16/05.
PETRORECÔNCAVO teve lucro líquido ajustado de R$ 136,060 milhões no 1TRI25, alta de 24% na comparação anual. Receita líquida aumentou 16%, para R$ 860,752 milhões; Ebitda ajustado cresceu 3%, para R$ 423,847 milhões…
… A companhia distribuirá R$ 263,4 milhões em JCP, ou R$ 0,9001/ação; pagamento dia 27; ex dia 16.
BRAVA ENERGIA decidiu encerrar as negociações relativas ao processo de desinvestimento de ativos onshore e de águas rasas nos campos localizados no Estado da Bahia, após recordes de produção e maior eficiência operacional.
TENDA reportou lucro líquido consolidado de R$ 85,5 milhões no 1Tri25, recorde para um começo de ano. O resultado também representa recuperação relevante contra o lucro de só R$ 4,4 milhões do mesmo período/24…
… O Ebitda consolidado e ajustado somou R$ 152,9 milhões no trimestre, avanço de 50,5% na comparação anual. A receita líquida consolidada totalizou R$ 865,2 milhões, expansão de 16,1%.
MRV. Prejuízo líquido ajustado saltou para R$ 262,9 milhões no 1TRI25, de R$ 11 milhões no 1TRI24. Receita líquida cresceu 19,8%, para R$ 2,283 bi.
UNIPAR teve lucro líquido de R$ 150 milhões no 1TRI25, alta de 168% na comparação anual. Receita líquida cresceu 18%, para R$ 1,369 bi; Ebitda ajustado subiu 53%, para R$ 355 milhões.
STONE teve lucro líquido de R$ 554,4 milhões no 1TRI25, alta de 23,1% na comparação anual. Carteira de crédito saltou 168,6%, para R$ 1,45 bi; provisões recuaram 24,2%, para R$ 34 milhões.
TOTVS encerrou 1Tri25 com lucro líquido ajustado de R$ 227,7 milhões, alta de 43,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o Ebitda ajustado somou R$ 378,7 milhões, avanço de 23,8%…
… A receita líquida consolidada encerrou em R$ 1,462 bilhão, valor 19,3% superior a igual intervalo de 2024.
3TENTOS encerrou o 1Tri25 com lucro líquido de R$ 192,4 milhões, alta de 23% contra igual período/24. A receita operacional líquida aumentou 30,6%, para R$ 3,5 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado subiu 109,6%, a R$ 288,9 mi.
CBA reverteu prejuízo e registrou lucro líquido de R$ 335 milhões no 1Tri25. O Ebitda ajustado alcançou R$ 430 milhões, salto de 195% na comparação aos três primeiros meses do ano passado.
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