Semana termina com investidor já preocupado com reunião de Haddad no domingo
A semana termina com o investidor doméstico já preocupado com o domingo, quando o ministro Fernando Haddad se reunirá com líderes do Congresso para discutir medidas alternativas ao aumento do IOF.
A expectativa é que as medidas acordadas durante a reunião sejam anunciadas logo após o encontro. A dúvida é quanto cada lado – governo e Congresso – está disposto a ceder para que as contas fechem e 2025 e, principalmente, uma solução de longo prazo para o quadro fiscal seja construída pelo governo e aprovada pelos parlamentares.
Lá fora, a próxima semana também será carregada de expectativa, em função do encontro marcado na segunda-feira em Londres entre representantes da China e dos EUA para discutir um acordo comercial.
Também vale a pena monitorar como a briga entre Trump e Musk vai repercutir no Congresso americano, onde o presidente tenta emplacar um polêmico projeto de ampliação de gastos e cortes de benefícios, que foi o principal alvo das críticas pesadas do dono da Tesla.
Bom fim de semana! (Téo Takar)
Ibovespa tem leve baixa, com Petrobras limitando queda; Payroll melhor do que o esperado embala alta em NY
[6/6/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado
Mais uma vez a cautela predominou no Ibovespa, com o índice registrando queda leve, após iniciar a sessão no campo positivo, enquanto os investidores aguardam o desenrolar da definição das medidas alternativas para a questão do IOF, com reunião de Fernando Haddad e lideranças do Congresso prevista para o domingo.
O Ibovespa fechou em baixa de 0,10%, aos 136.102,10 pontos. O volume somou R$ 24,4 bilhões. Na semana, o índice caiu 0,67%.
O resultado de hoje foi limitado pela alta dos ativos da Petrobras, em linha com o petróleo. Petrobras ON subiu 1,19% (R$ 31,57) e Petrobras PN teve elevação de 0,92% (R$ 29,63).
Vale fechou com leve ganho de 0,13%, a R$ 52,98.
O dólar à vista recuou diante do real, atingindo o menor valor em 8 meses, na contramão da tendência de alta da moeda americana no exterior, e fechou em baixa de 0,26%, a R$ 5,5698.
Na semana, a moeda americana recuou 2,62% diante do real, acumulando perda de quase 10% (-9,88%) em 2025.
Em NY, depois da baixa da véspera, em reação do mercado ao acirramento das discussões públicas entre Donald Trump e Elon Musk, as bolsas tiveram alta firme, embalada pelo payroll de maio ter vindo um pouco melhor do que o esperado, indicando resiliência da economia americana em meio ao tarifaço.
Dow Jones subiu 1,05% (42.762,87). S&P500 ganhou 1,03% (6.000,36). Nasdaq avançou 1,20% (19.529,95). Por sua vez, os retornos dos Treasuries também subiram.
Juros futuros devolvem prêmios, à espera de solução para o IOF
Os juros futuros devolveram nesta sexta-feira parte dos prêmios acumulados ao longo da semana, acompanhando o alívio no câmbio doméstico, mas na contramão do rendimento dos Treasuries, que subiram após o payroll melhor que o esperado.
Por aqui, a sessão não trouxe novidades na esfera fiscal ou monetária, com investidores em compasso de espera pelas medidas alternativas ao IOF prometidas pelo ministro Fernando Haddad para domingo, após a reunião com líderes partidários do Congresso.
A exceção foi a ponta curta da curva, que ficou praticamente estável, com investidores consolidando a aposta de uma nova alta de 0,25 pp na Selic no próximo Copom.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,905% (de 14,910% no fechamento anterior); Jan/27 a 14,290% (14,365%); Jan/29 a 13,710% (13,790%); Jan/31 a 13,830% (13,930%) e Jan/33 a 13,870% (13,970%).
(Téo Takar)