Ibovespa encerra sequência de altas, mas mantém os 135 mil pontos; NY apaga perdas com otimismo sobre tarifas
[30/4/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado
O Ibovespa passou por pequena correção nesta véspera de feriado e encerrou a sequência de sete altas, fechando em leve baixa de 0,02%, aos 135.066,97 pontos. O volume somou R$ 28,1 bilhões. No mês de abril, o índice acumulou ganho de 3,69%.
A cautela dos investidores ocorre em meio a temores de recessão global após o PIB americano e dados da produção industrial da China terem vindo fracos.
O desempenho negativo de ações ligadas a commodities, impactadas pela queda do petróleo e do minério de ferro, contribuiu para o resultado. Petrobras ON registrou -1,54% (R$ 32,05), Petrobras PN, -1,87% (R$ 29,99) e Vale, -1,82% (R$ 52,86).
O dólar à vista terminou a sequência de oito sessões em baixa diante do real, acompanhando a reversão de humor dos investidores lá fora, e fechou em alta de 0,82%, a R$ 5,6766. No acumulado de abril, porém, a moeda acumulou baixa de 0,50%.
Em NY, as bolsas fecharam majoritariamente em ligeira alta, se recuperando depois de caírem no início do dia, pressionadas por dados econômicos mais fracos que o esperado. Porém, os índices encerraram o dia longe das mínimas, se recuperando e apagando as perdas depois que o presidente Donald Trump informou ter recebido um telefonema do premiê canadense Mark Carney dizendo que queria negociar as tarifas.
Redes sociais chinesas também noticiaram que os EUA haviam retomado as conversas com a China sobre tarifas, o que trouxe um alento a Wall Street.
Dow Jones subiu 0,34% (40.668,87). S&P avançou 0,15% (5.569,02). Já Nasdaq perdeu 0,09% (17.446,34). Os retornos dos Treasuries também ficaram sem direção única.
Dólar se recupera no dia após oito sessões em baixa, mas acumula perda de 0,5% em abril
O dólar encerrou nesta quarta-feira uma sequência de oito sessões em baixa diante do real, acompanhando a reversão de humor dos investidores lá fora, após dados fracos das economias americana e chinesa.
A inesperada contração do PIB dos EUA no 1º trimestre e dados de atividade (PMI) industrial na China em território de contração econômica acenderam o alerta sobre uma possível desaceleração global mais forte, o que afetou os preços das commodities e, por tabela, as moedas de países produtores, como o real brasileiro.
Além disso, houve um ajuste técnico após tantas quedas seguidas, com a divisa brasileira voltando a se acomodar acima do piso psicológico dos R$ 5,65.
O dólar à vista fechou em alta de 0,82%, a R$ 5,6766, após oscilar entre R$ 5,6058 e R$ 5,6875. No acumulado de abril, porém, a moeda acumulou baixa de 0,50%.
A taxa Ptax fechou a R$ 5,6608, em alta de 0,25% no dia e queda de 1,42% no mês. Às 17h10, o dólar futuro para junho subia 1,09%, a R$ 5,7185.
Lá fora, o índice DXY avançava 0,42%, para 99,658 pontos. O euro caía 0,54%, para US$ 1,1321. E a libra perdia 0,61%, a US$ 1,3323.
(Téo Takar)
Petróleo tem forte recuo com PIB fraco dos EUA e aumento de produção árabe
Os preços do petróleo fecharam em queda expressiva nesta quarta-feira impactados pela contração do PIB americano do primeiro trimestre em 0,3%, reacendendo temores de recessão e queda na demanda pelo combustível.
Também contribuiu para o recuo indicação da Arábia Saudita de que pretende aumentar a produção para conquistar mais fatia de mercado, mesmo com preços mais baixos.
No fechamento, o Brent – referência mundial – para julho caía 3,51% a US$ 61,06 por barril enquanto o WTI para junho – referência americana – recuou 3,66% a US$ 58,21.
Os preços caíram mesmo com o recuo dos estoques americanos em 2,69 milhões de barris, bem abaixo da alta de 100 mil barris esperada.
(Eduardo Magossi)