Dólar e juros sobem, acompanhando tarifas e dados

O dólar sobe a R$ 5,5281 (+0,09%) e os juros acompanham em alta na ponta longa em sessão de valorização global da moeda e alta dos rendimentos dos Treasuries.

A moeda se recompõe em semana amena de dados, com o índice DXY ganhando 0,15%, mas em níveis baixos, de 97,357 pontos.

Já o euro mantém queda (-0,20%), com o BCE confirmando “abordagem dependente de dados reunião a reunião” para garantir que a inflação se estabilize em 2% no médio prazo, deixando opções em aberto.

O índice do dólar perdeu quase 1,5% na última semana.

Conversas dos EUA com a União Europeia estão no radar, assim como a visita de Trump ao Fed, à tarde.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego dos EUA vieram abaixo do previsto. 

Aqui, saem dados de arrecadação às 10h30 e o investidor acompanha o noticiário de tarifas, com o governo tentando acordo antes do prazo final de 1º/8.

Alckmin viajará para o México junto com uma delegação de líderes empresariais brasileiros nos dias 27 e 28 de agosto.

Bolsas europeias fecham em alta com esperanças de negociações entre EUA e UE

As bolsas europeias fecharam em alta depois que Trump fechou acordo com o Japão, com a leitura de que há potencial para um acordo comercial com a UE também.

Mais cedo, Lutnick (Comércio) afirmou que Trump espera que a UE abra completamente seu mercado.

Ações automobilísticas da zona do euro lideraram a recuperação generalizada, acompanhando a força dos rivais asiáticos.

Montadoras como a Mercedes-Benz, Volkswagen e Porsche ganharam entre 6,82% e 4,87%.

O acordo com o Japão incluiu tarifas reduzidas de 15% para exportações de automóveis para os EUA, em comparação com 25% anteriormente.

Fechamento: Frankfurt +0,82%; Londres +0,40%; Paris +1,37%; Madri +0,31%; Stoxx 600 +1,09% (550,28).

Giro das 12h: Acordo EUA-Japão alivia bolsas globais

O Ibovespa sobe a 134.941,47 pontos (+0,68%), em sessão de agenda esvaziada e apoiado por ações de peso, mesmo com a queda das commodities hoje.

O índice segue o alívio no exterior, após acordo comercial dos EUA com o Japão renovar esperanças de uma solução para a UE.

Esse possibilidade prevalece sobre a incerteza em relação às negociações das tarifas com o Brasil, com as taxas de 50% previstas para entrar em vigor em 1º de agosto.

Outro ânimo foi dado pelo secretário do Tesouro americano Scott Bessent, que acenou com possível extensão de trégua para a China.

Em Wall Street, Dow Jones sobe 0,45%, o S&P 500 +0,30% e Nasdaq, um pouco menos (+0,12%), no aguardo dos primeiros lucros do setor de tecnologia (Alphabet e Tesla após o pregão).

O real oscilou pela manhã entre R$ 5,5782 e R$ 5,5557, e há pouco cedia 0,19%, a R$ 5,5567, enquanto o DXY rondava a estabilidade (+0,03%), aos 97,424 pontos.

Os juros operam mistos, com a ponta longa acompanhando rendimentos globais mais altos, que refletem menor demanda por ativos de segurança.