Juros futuros fecham em queda, acompanhando alívio nos Treasuries

As taxas dos DIs fecharam com queda, após três sessões em alta, acompanhando o alívio nos juros dos Treasuries. Com o conflito Israel-Hamas ameaçando se agravar no fim de semana, investidores correram para ativos de segurança, como os títulos americanos.

Na semana, contudo, as taxas domésticas acumulam alta, com mais ênfase no miolo da curva, diante da perspectiva de que os juros básicos nos EUA fiquem elevados por um período longo. Em discurso hoje, Raphael Bostic (Fed Atlanta) afirmou que cortes não devem ocorrer até meados de 2024.

Com as ameaças lá fora, questões internas têm ficado em segundo plano, embora duas das principais notícias do dia sejam favoráveis a juros mais baixos. A Petrobras anunciou redução no preço da gasolina (que tem mais peso na inflação que o diesel, cujo preço subiu) e o IBC-Br caiu em agosto (-0,77% na margem) mais do que esperado, o que levou a revisões negativas para o PIB do 3º trimestre.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou de lado a 12,142% (de 12,143%, ontem); o jan/25 caiu a 11,075% (de 11,175%); o jan/26, a 11,030% (de 11,154%). O jan/27, a 11,210% (de 11,339%); jan/29, a 11,640% (de 11,714%). O jan/31 subiu a 11,860% (de 11,912%). (Ana Conceição)

Petróleo fecha em queda hoje, mas anota 2ª semana de altas consecutivas

Depois de oscilar entre altas e baixas ao longo do dia, as cotações do petróleo fecharam com queda moderada. Mas anotaram a segunda semana de ganhos consecutivos, por causa do conflito Israel-Hamas e o temor de que a guerra se alastre para outras regiões do Oriente Médio. Segundo analistas, os esforços dos EUA para evitar uma invasão a Gaza por terra aliviou o mercado.

Uma incursão do exército israelense parecia iminente pela manhã, o que fez os preços subirem mais de 1%. Mas depois de inicialmente resistir ao adiamento do que as autoridades disseram que seria uma operação militar massiva para erradicar o Hamas, Israel concordou, sob pressão dos EUA, em adiar o seu ataque, segundo a Bloomberg.

No mercado físico, a oferta segue restrita e deve seguir sustentando os preços do petróleo. Ontem, os EUA informaram que terão que comprar 6 milhões de barris de óleo bruto para recompor suas reservas estratégicas.

No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 0,23%, a US$ 92,16 por barril, na ICE. O WTI de mesmo vencimento recuou 0,33%, a US$ 88,08 por barril, na Nymex. Na semana, o Brent subiu 1,40%; o WTI avançou 2,0%. (BDM Online + agências)

Aversão ao risco pressiona bolsas e eleva demanda por Treasuries

Os principais índices de ações caem em NY, apesar da retração dos juros dos Treasuries. O aumento dos juros vinha pressionando as bolsas nos últimos dias, mas hoje o mote é a aversão ao risco. Investidores saem de ativos mais arriscados e se refugiam na segurança dos Treasuries em meio ao risco de escalada do conflito Israel-Hamas durante o fim de semana.

Segundo analistas, a desaceleração da alta do petróleo tirou um pouco de pressão dos índices de ações, que se afastaram das mínimas. As cotações do óleo bruto chegaram a subir mais de 1%. Há pouco, o Brent/dezembro subia 0,2%, o WTI/dezembro caía 0,2%. Nas bolsas, o Dow cai 0,37%, o S&P 500 recua 0,63%, o Nasdaq cede 0,82%. O índice dólar, que geralmente sobe em momentos de tensão cai 0,10%, a 106,157, movimento atribuído à baixa dos retornos dos títulos americanos.

Os ativos domésticos seguem o exterior. O Ibovespa chegou a ficar abaixo de 113 mil pontos na mínima do dia, mas agora opera em 113.510, com baixa de 0,43%. O dólar à vista recua 0,41%, a R$ 5,0319. E os juros futuros, depois da disparada ao longo da semana, devolve parte das altas. O DI Jan27 cai a 11,160% de 11,339%, ontem. (Ana Conceição)