Bolsas seguem em alta e dólar em baixa com forte alívio dos Treasuries

As bolsas continuam em alta nesta tarde em NY (Dow +0,55%, S&P 500 +0,75%, Nasdaq +0,78%), embora com menos ênfase – o S&P 500 e o Nasdaq chegaram a subir mais de 1% – e o dólar segue em baixa ante pares e emergentes. Todos sob impacto da forte queda dos juros dos Treasuries. Na volta do feriado do dia de Colombo, o retorno da T-note de 2 anos cai 0,11pp, a 4,9657% e o da t-note de 10 recua 0,16pp, a 4,6457%.

Também ajuda o fato de mais um dirigente do Fed, desta vez Raphael Bostic (Atlanta), dizer que os juros já estão suficientemente restritivos nos EUA. A notícia de que a China prepara um pacote de estímulos à economia também ajuda a elevar o ânimo dos mercados. Enquanto isso, os investidores acompanham o noticiário sobre a guerra Israel-Hamas à procura de sinais de disseminação do conflito, o que parece não ocorrer até agora.

O petróleo, commodity mais afetada pelo evento, cai 0,44% (Brent), a US$ 87,76 por barril. Com alta generalizada nos papéis que foram o índice, o Ibovespa sobe 1,26%, a 116.602,97 pontos. Perto das 15h, apenas cinco ações registravam queda. No câmbio, o índice DXY recua 0,25%, a 105,820 pontos e por aqui o dólar à vista cai 1,16%, a R$ 5,0710. Os juros futuros seguem o exterior. Na B3, o DI Jan27 recua a 10,795%, de 10,898%. (Ana Conceição)

Juros futuros fecham em baixa, apesar do petróleo

As taxas dos DIs fecharam com queda, apesar do preço do petróleo, que disparou 4% com o conflito Israel-Hamas deflagrado no fim de semana. Como os demais ativos, aqui e lá fora, os contratos de juros futuros subiram nas horas iniciais do pregão, mas à medida que as consequências do conflito eram reavaliadas, houve um movimento de descompressão.

O ponto é que se a guerra não se espalhar pela região, o impacto sobre a economia global deverá ser limitado, segundo analistas. O Hamas disse estar aberto a negociações de trégua, algo refutado por Israel. O dólar caiu ante o real, o Ibovespa subiu. O mercado de juros não teve a referência dos Treasuries hoje, sem negócios por causa do feriado de Columbus Day nos EUA.

Declarações de dirigentes do Fed ajudaram a aliviar a pressão. Philip Jefferson, vice do BC americano, afirmou que o Fed vai “proceder com cautela” na política monetária após o recente aumento nos rendimentos dos Treasuries. Antes, a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, disse que a alta nas taxas de longo prazo pode diminuir a necessidade de o banco central dos EUA elevar os juros novamente. Ambos votam no Fomc este ano.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 cai a 12,216% (de 12,233%, na 6ªF); o jan/25 caiu a 10,845% (de 10,954%); o jan/26, a 10,670% (de 10,835%). O jan/27, a 10,895% (de 11,083%); jan/29, a 11,370% (de 11,568%); e o jan/31, a 11,650% (de 11,844%). (Ana Conceição)

Mercado reavalia impacto da guerra e bolsas passam a subir; dólar cai ante o real

As bolsas de NY passaram a subir na última meia hora e o índice dólar perdeu força com os mercados reavaliando o impacto do conflito Israel-Hamas. Declarações de dirigentes do Fed também agradaram o mercado. O Dow avança 0,52%, o S&P 500 sobe 0,57%, o Nasdaq tem alta de 0,39%. O índice dólar desacelerou a 106,127, com alta de 0,08%.

O Ibovespa acompanhou a reação e agora sobe 0,76%, a 115.043 pontos. O dólar à vista virou e cai 0,69%, a R$ 5,1265. Os juros futuros foram às mínimas na B3, com o DI Jan27 a 10,890%, de 11,083% na 6ªF. Ao longo do dia, vários analistas apontaram o aumento das incertezas com a guerra, mas ponderaram o impacto limitado sobre a economia global caso o conflito não se espalhe pelo Oriente Médio.

“Acho que há uma reação instintiva”, disse à CNBC Anna Rathbun, diretora de investimentos da CBIZ Investment Advisory Services. “A poeira subiu e agora está voltando. Acho que levará alguns dias para realmente entender onde realmente está o impacto [da guerra].”

Os preços do petróleo, contudo, seguem em disparada, com o Brent para dezembro em alta de 4,00%, a US$ 87,96 por barril, na ICE. A escalada eleva as ações do setor. Os papéis da Petrobras sobem mais de 4%.

Alguns analistas apontam declarações de Philip Jefferson, vice do Fed, de que o BC vai “proceder com cautela” na política monetária após o recente aumento nos rendimentos do Tesouro, como um ponto de suporte para as bolsas. No início do dia, a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, disse que a alta nas taxas dos Treasuries de longo prazo pode significar menos necessidade de o banco central dos EUA elevar os juros novamente. (Ana Conceição)