Petróleo se ajusta em baixa após disparada da 6ªF
Depois de dispararem 6% na sexta-feira, as cotações do petróleo se ajustaram em baixa hoje, enquanto investidores monitoram o conflito Israel-Hamas e suas consequências sobre a oferta de óleo bruto. O fato de Israel não ter invadido Gaza no fim de semana abriu espaço para uma correção nos preços.
Segundo analistas, qualquer ‘desescalada’ no conflito eliminaria o prémio recente embutido nos preços do petróleo, calculado entre US$ 4 e US$ 5 por barril. Enquanto isso, a produção dos EUA atingiu um nível recorde, com produção de 13,2 milhões de bpd na semana encerrada em 6 de outubro, de acordo com a Administração de Informação de Energia (AIE). É o maior valor semanal desde 1983.
A notícia de que EUA e Venezuela teriam fechado um acordo que vai aliviar as sanções ao petróleo venezuelano também pressionou as cotações nesta 2ªF. No fechamento, o contrato Brent para dezembro caiu 1,36%, a US$ 89,65 por barril, na ICE. O WTI para novembro recuou 1,17%, a US$ 86,66 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)
NY sobe com ausência de escalada no conflito Israel-Hamas; ativos domésticos avançam
Os principais índices de ações seguem em alta em NY (Dow +1,03%, S&P 500 +1,14%, Nasdaq +1,22%) diante dos poucos sinais de escalada do conflito Israel-Hamas e expansão para outras áreas do Oriente Médio.
A notícia de que o presidente dos EUA, Joe Biden, pode viajar a Israel na tentativa de limitar a guerra deu suporte ao mercado, segundo agências. Embora o conflito esteja sendo acompanhado de perto, a ausência de uma incursão de Israel em Gaza, como era esperado no fim de semana, abriu espaço para o avanço dos preços dos ativos.
Dólar (DXY -0,35%) e petróleo (Brent/dez -1,12%) caem, e investidores saem de ativos de segurança como ouro e Treasuries. “A ação dos preços não reflete uma melhoria na perspectiva dos investidores para o conflito, mas sim a ausência de uma escalada significativa”, disse ao MarketWatch Ian Lyngen, chefe de estratégia de taxas dos EUA na BMO Capital Markets.
Além da geopolítica, os traders também estarão focados nos resultados corporativos esta semana. No mercado doméstico, os ativos acompanham o exterior, com exceção dos juros. O Ibovespa sobe 0,73%, a 116.603,84 pontos, com destaque para as metálicas, em dia de forte alta do minério de ferro na Ásia. #VALE3 sobe 1,37%. A China anunciou mais medidas de estímulo hoje.
O dólar segue o exterior e cai 0,80% no mercado à vista, a R$ 5,0480. As taxas dos DIs recuam, acompanhando a moeda. O DI Jan27 cede a 10,895%, de 10,997% na 6ªF. (Ana Conceição)
Ajuste ao CPI e cautela com guerra elevam juros futuros
As taxas dos DIs fecharam com alta na volta do feriado, ajustando-se ao CPI de setembro dos EUA um pouco acima do esperado e com investidores cautelosos com os desdobramentos do conflito Israel-Gaza no fim de semana.
O CPI elevou os juros dos Treasuries, ontem, com a T-note de 2 anos novamente acima de 5%. Os rendimentos caíram hoje, diante do movimento global de fuga do risco, ainda assim permaneceram acima daquela marca. A disparada de quase 6% do petróleo hoje também inspirou cuidado.
Israel prepara uma ação militar por terra no norte de Gaza, e o temor é que a escalada de violência se espalhe para outros países. Na semana, as taxas dos DIs recuaram, e com mais ênfase nos contratos mais longos. O DI Jan27 e o Jan29 cederam mais de 0,13pp.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 subiu a 12,214% (de 12,211%, na 4ªF); o jan/25, a 11,000% (de 10,879%); o jan/26, a 10,810% (de 10,655%). O jan/27, a 10,995% (de 10,847%); jan/29, a 11,450% (de 11,307%); e o jan/31, a 11,710% (de 11,596%). (Ana Conceição)