Juros futuros fecham em baixa forte, com bom humor doméstico e Treasuries
[26/10/23] Da Redação do Bom Dia Mercado
As taxas dos DIs fecharam com queda expressiva num dia de bom humor com os ativos domésticos em meio ao avanço da pauta econômica no Congresso e da boa abertura do IPCA-15. Os yields dos Treasuries derreteram, o que também ajudou.
Depois da apresentação da reforma tributária no Senado e da votação do PL dos fundos na Câmara, a expectativa agora é pela votação do PL das bets e o PL das subvenções nas próximas semanas. O IPCA-15 de outubro veio dentro do esperado (0,21%), mas com surpresa positiva em núcleos e serviços subjacentes, pontos que têm sido olhados com mais atenção pelo Copom, que se reúne na próxima semana.
Nos EUA, a queda dos retornos dos Treasuries foi capitaneada por uma forte desaceleração no núcleo do PCE trimestral, o que deixou em segundo plano o PIB do 3º trimestre mais forte que o esperado. A demanda acima da média num leilão de T-notes de 7 anos completou o combo de fatores que derrubou as taxas dos títulos americanos em torno de 0,10pp.
No fechamento, o contrato DI para jan/24 ficou em 12,096% (de 12,099%, ontem); o jan/25 caiu a 10,805% (de 10,923%); o jan/26, a 10,590% (de 10,802%). O jan/27 cedeu a 10,755% (de 10,997%); o jan/29, a 11,170% (de 11,438%). O jan/31 caiu a 11,400% (de 11,658%). (Ana Conceição)
Petróleo fecha em forte queda com sinais de enfraquecimento de demanda
As cotações do petróleo devolveram a forte alta de ontem, após o discurso bélico do premiê israelense Benjamin Netanyahu. Hoje, além de a aversão ao risco e a alta do dólar terem dado um tom negativo, sinais de enfraquecimento da demanda pressionaram o mercado.
Segundo a Bloomberg, os mercados físicos do petróleo em todo o mundo registram queda nos preços por causa da queda na margem de lucro na produção de combustíveis, um sinal de demanda em baixa. Ontem, o relatório do DoE já havia mostrado um consumo mais frouxo nos EUA na semana passada.
Israel atacou o norte de Gaza por terra durante a madrugada, mas saiu do local em seguida, o que acabou não afetando os preços de forma decisiva. O conflito, contudo, deve continuar gerando muita volatilidade, segundo analistas. No fechamento, o contrato do Brent para janeiro caiu 2,32%, a US$ 87,05 por barril, na ICE. O WTI para dezembro recuou 2,55%, a US$ 83,21 por barril, na Nymex. (BDM Online + agências)
NY segue abatida por big techs; ativos domésticos sobem com boas notícias
[26/10/23] Da Redação do Bom Dia Mercado
As bolsas em NY seguem abatidas nesta tarde pelo mau resultado trimestral da Meta, divulgado ontem, que se segue à decepção com o balanço da Alphabet nesta semana. Nem o derretimento dos juros dos Treasuries, capitaneado por uma forte desaceleração no núcleo do PCE trimestral, consegue dar ânimo à renda variável nos EUA.
A combinação do PCE com o PIB americano do 3º trimestre mais forte que o esperado deu mais força à expectativa de manutenção de juros pelo Fed neste ano. Com a queda de hoje o Nasdaq entrou em território de correção. O índice lidera as perdas com -1,73%. O Dow cai 0,59%, o S&P 500 recua 1,04%. Os juros dos Treasuries caem mais de 0,10pp nos principais vencimentos, curtos e longos. Já o índice dólar sobe 0,13%, a 106,666.
Por aqui, os ativos se beneficiam do ambiente interno mais benigno, com o avanço da pauta econômica no Congresso e a desaceleração do IPCA-15 de outubro. O índice ficou dentro das expectativas, mas veio com uma boa abertura, com núcleos e serviços subjacentes abaixo do esperado, chancelando novos cortes na Selic. O Ibovespa sobe 0,80%, a 113.732,18 pontos. Os juros futuros cedem, com o DI Jan27 a 10,820%, de 10,997%, ontem. O dólar cai 0,09%, a R$ 4,9970. (Ana Conceição)