Juros futuros têm queda forte, seguindo os Treasuries

Os juros futuros fecharam com queda expressiva na B3, acompanhando o mesmo movimento nos Treasuries, que caíram ontem, feriado no Brasil, e hoje. O cenário externo se sobrepôs à piora do risco fiscal e, assim, as taxas devolveram mais de 0,20pp do miolo da curva para frente. Na semana, os juros caíram entre 0,14pp e 0,23pp do vencimento 2025 para frente.

Nos EUA, o payroll mais fraco que o esperado e a desaceleração no setor de serviços, medida pelo PMI do ISM, reforçou a percepção de que o ciclo de aperto monetário do Fed terminou.

Por aqui, o Copom citou as incertezas fiscais, mas continuou a contratar novos cortes de 0,50pp na Selic no comunicado de 4ªF à noite. A curva dos DIs indicava 100% de possibilidade de queda de 0,50pp na reunião de dezembro, mas com Selic terminal ainda em 2 dígitos, pouco acima de 10%, ainda um pouco longe da mediana do Focus, de 9,25%.

No fechamento, o contrato DI para jan/24 recuou a 12,016% (de 12,018%, na 4ªF); o jan/25 cedeu a 10,835% (de 11,957%); o jan/26, a 10,600% (de 11,842%). O jan/27, a 10,775% (de 11,024%); o jan/29, a 11,160% (de 11,392%). O jan/31 caiu a 11,350% (de 11,585%). (Ana Conceição)

Petróleo fecha em forte queda, com demanda voltando ao foco

[03/11/23] Da Redação do Bom Dia Mercado

As cotações do petróleo fecharam em queda pela segunda semana consecutiva. A diminuição do prêmio de risco do conflito Israel-Hamas jogou o foco dos investidores para a demanda, que tem dado sinais de fraqueza. Os preços chegaram a subir hoje, mas devolveram os ganhos depois que o líder do Hezbollah, apoiado pelo Irã, disse, em sua primeira declaração oficial, que nada sabia sobre o ataque de 7 de outubro, reforçando a visão de que a guerra não deve se espalhar para outros países da região.

O payroll abaixo do esperado derreteu o dólar, o que sempre é bom para as commodities, mas desta vez esse suporte ficou em segundo plano. No front da demanda, os estoques de petróleo dos EUA aumentaram na semana passada, e a atividade fabril na China, o maior importador global de petróleo bruto, voltou a contrair no mês passado, levantando mais dúvidas sobre a economia do país.

Enquanto isso, os investidores esperam para ver se a Arábia Saudita vai manter seus preços estáveis nas próximas semanas e se vai confirmar a redução na oferta de 1milhão de bpd para dezembro. No fechamento, o contrato Brent para janeiro caiu 2,25%, a US$ 84,89 por barril, na ICE. O WTI para dezembro recuou 2,36%, a US$ 80,51 por barril, na Nymex. Na semana, o Brent recuou 4,83%, o WTI cedeu 5,88%. (BDM Online + agências)

Mercados seguem animados aqui e lá fora com payroll menor que o esperado

Índices de ações em forte alta, juros e dólar em queda expressiva. Os mercados aqui e lá foram seguem animados nesta tarde com o payroll de outubro (150 mil empregos) abaixo do esperado (180 mil). O dado do mercado de trabalho dos EUA ainda foi reforçado pela queda PMI de serviços no país, ambos apontando para uma desaceleração da economia americana, o que reforça a expectativa de fim do aperto monetário pelo Fed.

Em NY, o Dow sobe 0,85%, o S&P 500 avança 1,18%, o Nasdaq tem alta de 1,45%. Os juros dos Treasuries caem mais de 0,10pp desde a T-note de 2 anos ao T-bond de 30. O índice dólar (DXY) recua 1%, a 105,059.

Por aqui, o Ibovespa segue o bom humor externo e dispara 2,74%, a 118,204,08 pontos. Ações de empresas de consumo e varejo lideram as altas com a forte queda dos juros domésticos. E a valorização do minério de ferro ajuda a elevar os papéis das metálicas. Bancos operam em forte alta.

Mesmo Petrobras desafia o tombo do preço do petróleo – o Brent cai 2,25% agora – e sobe. O dólar à vista desvaloriza 1,60%, a R$ 4,8939. A taxa do DI Jan27 cede a 10,79%, de 11,024% ontem. (Ana Conceição)