Giro das 12h: De olho no tarifaço, Ibovespa corrige perdas, dólar se estabiliza e juros caem

O Ibovespa sobe 0,51%, para 132.808,24 pontos, corrigindo parte das perdas recentes, em meio ao impasse nas negociações comerciais com os EUA à medida em que 1º/8 se aproxima.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o vice Geraldo Alckmin conversou pela terceira vez com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick.

Este, por sua vez, reafirmou o prazo para definição das taxas para 6ªF. 

Dólar e juros oscilaram pela manhã e há pouco a moeda subia a R$ 5,5928 (+0,05%), enquanto os juros longos caiam cerca de 10 pontos.

O DXY por sua vez sobe 0,45%, aos 99,080 pontos, enquanto os rendimentos dos Treasuries recuam.

Os investidores voltam suas atenções nesta semana à política monetária dos bancos centrais do Brasil e dos EUA, na Super Quarta.

A expectativa é de manutenção das taxas e alguma pista sobre a trajetória dos juros no ano.

NY opera sem direção única (Dow Jones -0,33%; S&P 500 -0,04% e Nasdaq +0,06%) antes dos relatórios de lucros de gigantes da tecnologia entre 4ªF e 5ªF.

Mais cedo, o JOLTS apontou para queda abaixo das previsões no número de vagas nos EUA e o Conference Board, para alta na confiança do consumidor.

Dólar sobe e juros caem de olho nas tarifas antes do Copom

Dólar e juros rondaram a estabilidade na abertura, no aguardo da decisão, e comunicado, sobre os juros pelo Copom, em sessão fraca de indicadores, com a questão da tarifa americana contra o Brasil ainda indefinida.

O ministro Fernando Haddad sinalizou que há interesse (dos EUA) em conversar.

Há pouco a moeda estava cotada a R$ 5,6008 (+0,19%) e os juros exibiam leve queda na ponta longa, antes do leilão de linha de até US$ 1 bi para rolagem. 

No exterior, a moeda tem novo avanço, assim como as ações, beneficiando-se da melhora do apetite ao risco após o acordo comercial EUA-UE do fim de semana.

O DXY sobe aos 99,079 pontos (+0,45%).  O prazo final de 1º de agosto para a extensão das tarifas recíprocas e alguns países se aproxima.

O investidor aguarda dados dos EUA e o importante índice de confiança do consumidor. (Ana Katia)

Bolsas europeias devolvem ganhos após baterem máximas com acordo EUA-UE

Lideradas por ganhos de farmacêuticas e de semicondutores, as bolsas europeias chegaram a bater máximas de quatro meses mais cedo, com o acordo comercial entre EUA e UE, anunciado no fim de semana.

O acordo é positivo para os mercados porque elimina grande parte da incerteza, mas o entusiasmo esfriou.

Mesmo que a tarifa atinja a faixa prevista de 15% a 20%, ainda será pelo menos seis vezes maior do que era há apenas alguns meses.

A sessão teve agenda fraca, mas a semana é cheia de eventos importantes, com decisões políticas do Fed e do BoJ e os lucros de várias empresas.

Fechamento: Frankfurt -1,15%; Londres -0,46%; Paris -0,43%; Madri -0,14%; Stoxx 600 -0,24% (548.66).