Dólar cai com exterior e juros acompanham reagindo ao cessar-fogo
Israel e Irã trocaram acusações de novos ataques logo após concordarem com um cessar-fogo, mas o petróleo derrete, quase 4%, em meio à continuidade da navegação pelo Estreito de Ormuz, o que alivia preocupações inflacionárias e apoia a flexibilização monetária.
Após dois dirigentes do Fed acenarem com cortes de juros em julho a depender da inflação, Bostic veio hoje na contramão reforçar a postura restritiva do BC.
Aqui, ata do Copom reiterou o conteúdo do comunicado e horizonte de juros altos por mais tempo em cenário de atividade resiliente.
O BC realizará amanhã operação simultânea de leilão de venda de dólar à vista e swap reverso. Os juros futuros abriram em queda, enquanto os rendimentos dos Treasuries sobem. O DXY cai a 98,034 (-0,39%).
Bolsas europeias fecham em queda; ataques dos EUA ao Irã alimentam temores de escalada no Oriente Médio
Ao mesmo tempo, o prazo final de 8/7 se aproxima, com pouco progresso nos acordos comerciais com Washington.
A economia da zona do euro ficou estagnada pelo segundo mês em junho.
O setor de serviços no bloco mostrou apenas um pequeno sinal de melhora e a indústria não apresentou nenhum.
Outra pesquisa mostrou que a atividade empresarial britânica expandiu modestamente em junho.
Fechamento: Frankfurt -0,26%; Londres -0,14%; Paris -0,69%; Madri -0,01%; Stoxx 600 -0,25% (535,20).
Ibovespa cede com incerteza geopolítica, limitado por alta de Vale e NY
Teerã prometeu vingança e levantou temores de bloqueio do Estreito de Ormuz, o que comprometeria a oferta de petróleo e alimentaria a inflação.
O índice é limitado por Petrobras mista, em meio à oscilação da commodity, e Vale (+0,40%).
Já NY devolveu perdas (Dow Jones +0,15%; S&P 500 +0,40%; Nasdaq +0,52%), coincidindo com a fala da vice de supervisão do Fed, Michelle Bowman na consideração de cortes de juros em julho se pressões inflacionárias permaneçam moderadas.
A semana traz dados de inflação: IPCA-15 do Brasil na 5ªF e o PCE dos EUA, na 6ªF, além da ata do BCB e fala do presidente do Fed, Jerome Powell, ao Congresso.
Dólar e juros futuros viraram, em linha com a perda de força da moeda americana ante pares e dos rendimentos dos Treasuries.
Há pouco, ante o real, o dólar caía a R$ 5,5116 (-0,24%). O DXY é estável a 98,655 pontos (-0,05%). Riscos fiscais domésticos também estão no radar com o imbróglio do IOF.