Dólar se ajusta ao exterior às vésperas de dados de inflação
O dólar sobe a R$ 5,4495 (+0,25%) em sessão de poucos dados, enquanto os juros futuros recuam a partir de Jan/27, após o Focus revisar para baixo inflação e PIB de 2025 e 2026.
Véspera da divulgação do IPCA de julho e do CPI americano, o investidor acompanha palestra de Galípolo logo mais e aguarda resposta do governo ao tarifaço contra o Brasil.
O IPCA de julho, amanhã, deve subir a 0,37%, de 0,24% e, ano a ano, deve ficar em 5,34%, um pouco abaixo de junho (5,35%).
O DXY sobe 0,29% (98,468) enquanto o rendimento de 10 anos cai para 4,27%, após atingir a máxima em uma semana na 6ªF.
A moeda busca recuperação não só ante pares, mas contra emergentes, em meio a apostas em cortes de juros pelo Fed de 25pb em setembro e outra antes do fim de 2025.
Amanhã, o núcleo da inflação americana deve indicar alta de 0,3%, e ano a ano, 3%, estável.
O Ibovespa cai aos 135.805,89 pontos (-0,08%). (Ana Katia)
Giro das 12h: Ibovespa cede com Petrobras e incerteza tarifária
O Ibovespa caiu abaixo de 136 mil pontos (136.135,26), em -0,29% com um olho na temporada de balanço e outro na questão das tarifas, no aguardo do plano de contingência, previsto para sair até terça-feira.
Vale (+1,26%) e bancos sobem, mas Petrobras (ON -5,14%; PN -3,78%) aprofunda queda com petróleo virando para o terreno negativo diante da possibilidade de fim da guerra na Ucrânia.
A estatal reportou balanço ontem e o mercado avalia as perspectivas para a empresa em um cenário incerto nas relações com os EUA.
Em NY, as bolsas sobem (Dow Jones +0,52%; S&P 500 +0,73% e Nasdaq +0,84%), monitorando lucros corporativos, o tarifaço e o Fed. Tarifas sobre barras de ouro derrubaram expectativas da indústria.
Sobre o Fed, Trump nomeou seu conselheiro Stephen Miran para substituir Adriana Kugler no BC, de forma temporária, ganhando tempo para decidir um nome para o BC.
No câmbio, o dólar sobe ante o real, a R$ 5,4268 (+0,08%), operando misto ante pares e emergentes, com o DXY cedendo 0,18% (98,224). Os juros futuros recuam do miolo em diante enquanto a ponta curta é estável.
Petróleo se recupera com deadline para Índia e estoques americanos
O petróleo sobe com as ameaças de Trump à Índia e os estoques americanos. Recuperando-se da mínima de cinco semanas do dia anterior, o brent/out sobe a US$ 68,78 (+1,69%) e o WTI/set, a US$ 66,30 (+1,75%). Os investidores aguardam a resposta da Índia e também da China à ameaça de sanções secundárias.
Há expectativas de que a Índia possa reduzir suas compras, mas não é certo porque eles têm obtido muitos lucros comprando petróleo bruto russo barato.
O enviado dos EUA, Steve Witkoff, chegou a Moscou hoje em missão de última hora para buscar avanço na guerra na Ucrânia. O prazo de Trump para a Rússia concordar com a paz termina nesta 6ªF. O mercado recebe ainda apoio da queda nos estoques dos EUA na semana passada em 4,2 milhões de barris (API).