Dólar sobe menos após dados fracos de mercado de trabalho

O dólar sobe a R$ 5,4687 (+0,14%), em sessão de recuperação da moeda, que perdeu força (DXY +0,07%, a 96,889 pontos) após o ADP registrar (-33 mil) seu nível mais fraco desde março de 2023 (-102 mil).

Se o payroll, que sai amanhã já que é feriado nos EUA na 6ªF, confirmar que o mercado de trabalho perdeu sua resiliência, as apostas em cortes de juros pelo Fed podem aumentar.

Os juros futuros oscilaram na abertura e há pouco exibiam alta especialmente nos longos, acompanhando a moeda e os rendimentos dos Treasurie.

Já os curtos operam perto do ajuste após recuo da produção industrial de maio (-0,5%, na margem), com potencial de aumentar apostas em corte da Selic.

O decreto do IOF também segue no radar, com o governo confirmando a judicialização.  

Também no foco, a votação na Câmara americana do pacote fiscal de Trump, que pode ampliar a dívida pública em até US$ 3,3 trilhões.

Bolsas europeias fecham em queda, mas Londres sobe com metais preciosos

As bolsas europeias fecharam majoritariamente em queda, em meio à incerteza sobre os acordos comerciais dos EUA, já que o prazo de 9/7 se aproxima.

A UE pode aceitar as tarifas universais de 10%, mas em relação a setores-chave persiste a dúvida pois, se não forem isentos, o impacto seria significativo.

O chefe de comércio da UE realizará negociações em Washington esta semana.

Em Sintra para o fórum do BCE, a presidente Christine Lagarde afirmou que a meta de inflação foi atingida e que este ano é crucial para o status do dólar como moeda de reserva global.

Londres fechou em alta com apoio de ações de metais preciosos, com o ouro, considerado um porto seguro, subindo devido ao dólar mais fraco e à incerteza tarifária.

Fechamento: Frankfurt -1,04%; Londres +0,31%; Paris -0,04%; Madri -0,11%; Stoxx 600 -0,17% (540,42).

Ibovespa reduz alta, dólar e juros sobem em meio à judicialização do decreto do IOF

O Ibovespa segura os 139 mil pontos (139.133,91), em alta de 0,20%, limitado por queda de Petrobras e Vale.

A ida do governo ao STF para contestar a revogação do aumento do IOF pelo Congresso foi confirmada pelo ministro-chefe da AGU Jorge Messias, após aval de Lula.

Dólar e juros ganharam força. A moeda sobe agora a R$ 5,4514 (+0,32%), na contramão de divisas emergentes, enquanto ante pares a moeda americana é mista.

O DXY cai -0,06%, permanecendo no patamar dos 96 pontos (96,816), nível mais baixo desde 2022, mas reduziu perdas.

No exterior, acordos de tarifas, lei de gastos e impostos de Trump e uma série de dados são monitoradas. Mais vagas de emprego foram abertas nos EUA e o PMI Industrial do ISM subiu a 49, de 48,5.

Na agenda de banqueiros centrais, o destaque foi a fala de Jerome Powell de que já teria cortado juros se não fossem as tarifas, além do fato de o presidente do Fed não ter descartado nenhuma reunião para corte de juros, incluindo julho.

Ele voltou a defender prudência por esperar inflação mais alta à frente e disse que a maioria dos Fed boys veem cortes este ano. Dow Jones sobe +0,57%; o S&P 500 cai -0,29% e Nasdaq -0,84%. (Ana Katia)