Dólar sobe e juros caem em ajuste antes do payroll
O dólar sobe levemente, ajustando as perdas da semana, antes da divulgação do relatório mensal de empregos dos EUA, dado mais importante do dia e que poderá influenciar o próximo movimento do Fed.
O DXY estava há pouco cotado a 96,856 (+0,08%), a caminho de uma queda de cerca de 0,5% na semana.
Aqui a moeda sobe a R$ 5,4298 (+0,18%). Os juros futuros recuam em toda a curva, em linha com os rendimentos dos Treasuries.
A previsão é de abertura de 110 mil vagas em junho, sendo que um número mais fraco confirmaria o relatório de ontem do setor privado (ADP), que acenou com cortes de juros mais cedo.
O presidente Jerome Powell defende a manutenção das taxas, argumentando que a inflação persistente e um mercado de trabalho sólido significam que os juros devem ser mantidos em território levemente restritivo em 4,25%-4,50% por enquanto.
Bolsas europeias fecham majoritariamente em alta com sinais de progresso comercial
As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta com as perspectivas de acordos comerciais antes do prazo final de tarifas.
Trump fechou acordo com o Vietnam e expressou otimismo sobre a Índia.
O chefe comercial da UE deve realizar negociações esta semana em Washington para evitar tarifas mais altas dos EUA.
Bancos avançaram: Sabadell +4,44%; Santander +2,02%; Avanza +5,25%.
Energia renovável também ganhou após o Senado dos EUA aprovar um projeto de lei orçamentária revisado, mais positivo para a indústria eólica em comparação com a versão anterior.
Vestas +10,10%; Orsted +1,78%, atingindo a maior alta em três meses. Fechamento: Frankfurt +0,32%; Londres -0,18%; Paris -+0,99%; Madri +0,33%; Stoxx 600 +0,16% (541,10).
Ibovespa cai apesar de Vale e Petrobras; mercados monitoram acordos comerciais
O Ibovespa oscilou entre 140.048,83 e 138.383,54 e perto do meio dia cedia 0,54% (138.801,05, em queda que poderia ser maior.
Vale (+4,16%) limita perdas junto com o setor, e Petrobras sobe (ON +1,46%; S&P +0,76%), apesar do petróleo ter reduzido ganhos após estoques altos.
O investidor doméstico monitora o imbróglio do IOF, com o governo recorrendo ao STF, e logo mais, a fala do diretor de política monetária do BC, Nilton David.
O dólar passou a cair, a R$ 5,4461 (-0,28%), enquanto os juros sobem na ponta longa, alinhados aos rendimentos dos Treasuries.
O DXY sobe a 97,033 pontos (+0,22%), com progresso nas negociações comerciais dos EUA antes do prazo final de 9 de julho, que não será estendido, segundo Trump.
Há pouco, ele anunciou acordo com o Vietnam. Dow Jones cai -0,14%, o S&P 500 sobe +0,23% e Nasdaq +0,86%.
O foco se volta agora ao payroll, que sai amanhã e pode confirmar os dados fracos da ADP, calibrando as apostas em cortes de juros pelo Fed, em meio a preocupações de que o mercado de trabalho pode esfriando muito rápido. (Ana Katia)