Dólar e juros sobem de olho em tarifas e sem NY
Dólar e juros sobem sem a referência de NY, cujos mercados estão fechados para o Dia da Independência. Por aqui, a sessão é de agenda doméstica esvaziada, com apenas a balança comercial prevista para as 15h.
Há pouco a moeda subia a R$ 5,4205 (+0,29%), corrigindo a desvalorização de quase 4% ante o real em um mês.
O DXY, aos 97,027 pontos (-0,16%), devolve parte dos avanços de ontem, com foco nas negociações comerciais.
Trump anunciou que alguns países recebem hoje carta detalhando as tarifas; algumas delas podem chegar a 70%.
Bolsas europeias fecham em alta com probabilidade de acordo entre EUA e Europa
As bolsas europeias fecharam em alta, com a redução das tensões comerciais.
Há relatos de que a UE e os EUA estão progredindo em direção a um “entendimento político” para resolver sua disputa tarifária até 9 de julho, em vez de garantir um acordo abrangente.
Enquanto isso, o payroll aliviou as preocupações econômicas e reduziu a probabilidade de cortes nas taxas de juros pelo Fed no curto prazo, apesar das incertezas em curso.
Londres teve ganhos generalizados depois que o gabinete do primeiro-ministro britânico Keir Starmer deu total apoio à ministra das Finanças, Rachel Reeves, aliviando as preocupações sobre seu futuro.
Fechamento: Frankfurt +0,62%; Londres +0,56%; Paris -+0,21%; Madri +1,01%; Stoxx 600 +0,40% (543,36).
Ibovespa faz máxima histórica com exterior, enquanto dólar e juros recuam
O Ibovespa oscilou entre 141.116,95 (máxima histórica) e 139.050,93 e agora sobe a 140.667,42 pontos (+1,16%), com cerca de 10 ações em queda. A sessão é de commodities em alta e NY também ajuda (Dow Jones +0,81%; S&P 500 +0,76% e Nasdaq +0,87%). O payroll (+147 mil), dado mais importante do dia, veio bem acima do previsto (110 mil) e a taxa de desemprego caiu de 4,2% a 4,1%. O esfriamento do mercado de trabalho americano fortaleceu dólar ante pares (DXY 97,148, +0,38%) e rendimentos dos Treasuries, além das bolsas, amenizando preocupações de desaceleração da economia dos EUA e enfraquecendo chances de corte de juros pelo Fed em julho. Aqui, a moeda passou a cair, alinhada ao movimento ante emergentes, a R$ 5,4123 (-0,15%), após máxima de R$ 5,4473, e os juros oscilam. O relatório de emprego contraria o ADP de ontem, mas olhando mais de perto, um aumento fora do padrão em educação mascarou os dados, apontando para ajuste sazonal. Os pedidos semanais de auxílio-desemprego (233 mil) vieram acima do estimado (240 mil) e os recorrentes (1,964 mi) seguem no nível mais alto desde o final de 2021. O payroll corrobora a visão do Fed de esperar para ver transferindo o foco para 15/7, quando saem dados de inflação. (Ana Katia)