Fed alivia dólar, mas fiscal constrange o DI
Preocupações levantadas nos EUA sobre crédito desaceleraram apreciação do real

As preocupações levantadas nos Estados Unidos sobre crédito desaceleraram a apreciação do real, mas o alívio de que novos cortes de juros pelo Fed estão contratados falou mais alto para câmbio.
O Fed boy de Trump, Stephen Miran, chegou a falar em uma flexibilização monetária mais agressiva, de 50 pontos.
O dólar à vista fechou abaixo de R$ 5,45, em baixa de 0,35%, cotado a R$ 5,4431. A moeda americana operou alinhada ao exterior, onde o índice DXY caiu 0,46%, a 98,336 pontos, com alta do euro (+0,40%, a US$ 1,1693), libra (+0,30%, a US$ 1,3436) e iene (+0,44%, a 150,41/US$).
Já a curva de DI ficou de fora do otimismo com o Fed, inibida pela fragilidade das contas públicas. Repercutiu mal a decisão temporária do TCU que permite ao governo mirar o piso da meta fiscal, ao invés do centro, enquanto a equipe econômica ainda busca alternativas para compensar a perda de arrecadação após a derrota da MP do IOF.
Apesar de o IBC-Br de agosto (-0,40%) ter vindo abaixo do esperado (+0,70%), os juros futuros curtos fecharam estáveis e a ponta intermediária e longa subiram.
No fechamento, o DI para Jan/26 ficou estável em 14,895%; Jan/27 subiu a 14,03% (de 14,028%); Jan/29, a 13,330% (de 13,301%); Jan/31, 13,580% (de 13,536%); e Jan/33, 13,740% (de 13,660%).