Ibovespa cai, com forte recuo da Vale pesando; NY registra alta antes de tarifas, com Nasdaq sendo exceção
[31/3/2025] Da Redação do Bom Dia Mercado
O Ibovespa terminou em baixa a sessão desta segunda-feira, recuando ao patamar dos 130 mil pontos, em meio às preocupações com os efeitos na economia da guerra comercial dos EUA, às vésperas da entrada em vigor das novas tarifas de importação impostas pela gestão Donald Trump.
O índice fechou em queda de 1,25%, aos 130.259,54 pontos, com volume de R$ 20,3 bilhões. No mês de março, o ganho acumulado foi de 6,08%.
Pesou no resultado o forte recuo de 1,49%, a R$ 56,79, dos papéis da Vale, afetados pela desvalorização do minério de ferro. Por outro lado, os ativos da Petrobras operaram na contramão da alta do petróleo. A ação ON caiu 0,61% (R$ 40,82) e a PN baixou 0,72% (R$ 37,16).
Já fora do Ibovespa, as ações do BRB tiveram ganhos expressivos, após a compra de uma fatia relevante do Banco Master pela instituição estatal. Na liderança entre as maiores altas do mercado à vista, BRB PN registrou +90,34% (R$ 13,00) e BRB ON, + 83,44% (R$ 13,74).
Com os investidores atentos aos movimentos de Trump, o dólar à vista fechou em baixa de 0,98%, a R$ 5,7053, em uma sessão de liquidez reduzida.
Por sua vez, as bolsas em NY terminaram o pregão sem direção definida, com Dow Jones e S&P 500 em território positivo e Nasdaq em ligeira queda. Os índices iniciaram o dia no vermelho, mas foram passando para o positivo ao longo da sessão.
Primeiro foi o Dow Jones. No meio da tarde, o S&P 500 também se recuperou do temor do impacto das tarifas de Trump, esperadas para quarta-feira. Dow subiu 1% (42.001,76). S&P 500 avançou 0,55% (5.611,85). Nasdaq perdeu 0,14% (17.299,29). Os retornos dos Treasuries recuaram.
Juros futuros recuam com melhora nas expectativas do Focus e declarações de David
Os juros futuros devolveram parte dos prêmios recentes nesta segunda-feira, apoiados pela melhora nas expectativas de inflação deste ano no boletim Focus, pelas declarações do diretor de política monetária do BC, Nilton David, e pelo alívio no câmbio.
Segundo o Broadcast, a mediana das projeções do IPCA nos próximos 12 meses recuou de 5,19% para 5,15% no Focus hoje.
Embora ainda distante da meta de 3%, David comentou que a convergência da inflação será feita pelo “caminho que for mais razoável”, sem sacrificar demais a atividade.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 15,015% (de 15,115% no fechamento anterior; Jan/27 a 14,930% (15,060%); Jan/29 a 14,715% (14,820%); Jan/31 a 14,860% (14,940%); Jan/33 a 14,870% (14,940%).
(Téo Takar)
Dólar recua à espera de tarifas de Trump e encerra março com queda de 3,5%
O dólar à vista fechou em baixa nesta segunda-feira, em uma sessão de liquidez reduzida, com investidores atentos aos movimentos de Donald Trump, enquanto aguardam uma definição sobre as tarifas recíprocas, prometidas pelo republicano para esta quarta-feira.
A queda da moeda por aqui se intensificou à tarde, após o fechamento da ptax de março e acompanhou uma tendência de enfraquecimento da divisa americana frente a outras moedas emergentes no exterior.
O dólar à vista fechou a sessão em baixa de 0,98%, a R$ 5,7053, após oscilar entre R$ 5,7016 e R$ 5,7858. No mês, a moeda acumulou baixa de 3,57%. A taxa ptax encerrou a R$ 5,7422, em queda de 0,41% no dia e com perda de 1,81% em março. Às 17h17, o dólar futuro para maio caía 0,92%, para R$ 5,7365.
Lá fora, o índice DXY subia 0,14%, para 104,186 pontos. O euro recuava 0,10%, para US$ 1,0816. E a libra perdia 0,18%, a US$ 1,2918.
(Téo Takar)