Geopolítica domina

Veja em poucos parágrafos os temas que marcam esta segunda-feira, 20/10, no mercado financeiro

Express
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Bom dia,

◼️ A semana começa sob tensão global, com a combinação de desaceleração na China, pressão geopolítica e cautela econômica. O PIB chinês do 3º tri recuou de 5,2% para 4,8%, confirmando perda de fôlego da segunda maior economia do mundo. Ainda assim, o mercado deve manter o alívio após sinais de trégua entre Pequim e Washington.

◼️ Donald Trump surpreendeu na sexta-feira ao dizer que a tarifa de 100% contra a China “não é sustentável”, após semanas de escalada comercial. Ele confirmou que deve se encontrar com Xi Jinping ainda este mês, na Coreia do Sul, e afirmou que a relação com Pequim “tem sido construtiva”, reduzindo a aversão ao risco da semana passada.

◼️ Apesar do alívio, Trump escalou a pressão ao impor novas condições para um entendimento com Pequim. Antes de discutir tarifas, exigiu que a China retome compras de soja “nos volumes de antes” e interrompa o envio ilegal de fentanil aos EUA. Negociadores dos dois países retomam conversas formais nesta semana.

◼️ Trump também movimenta o tabuleiro na Europa oriental. Afirmou que um acordo de paz na guerra entre Rússia e Ucrânia “é possível”, mas admitiu que Moscou “ficará com parte do território”. Reportagem do Washington Post revelou que Putin exigiu controle total de Donetsk, enquanto o Financial Times detalhou pressões sobre Zelensky.

◼️ No Oriente Médio, novas tensões testam o cessar-fogo em Gaza. Israel realizou ataques no fim de semana após acusar o Hamas de violar o acordo. Netanyahu disse que a guerra só termina “com o desarmamento do Hamas”. O Egito tenta evitar uma escalada, enquanto Trump minimizou os incidentes e enviou seu vice, JD Vance, para Tel Aviv.

◼️ Na América Latina, Trump abriu uma nova frente diplomática ao acusar o presidente colombiano Gustavo Petro de ser “líder de drogas ilegais”. Anunciou corte de subsídios ao país, provocando reação de Petro, que o chamou de “grosseiro e ignorante”. O episódio adiciona incerteza à cooperação bilateral e eleva o risco político na região.

◼️ No Brasil, cresce a expectativa pela reaproximação com Washington. Lula deve encontrar Trump na Cúpula da Asean, no fim do mês, após conversas entre assessores dos dois governos. Apesar do diálogo, Brasília reconhece que ainda não obteve avanços concretos: seguem vigentes o tarifaço de 50%, restrições de visto e a Lei Magnitsky.

◼️ A semana será guiada por inflação, com o CPI dos EUA e o IPCA-15 no Brasil na sexta-feira. O dado americano será divulgado mesmo durante o shutdown, que chega ao 20º dia e paralisa os indicadores econômicos. O CPI pode recalibrar apostas para o Fed na semana que vem, enquanto o IPCA-15 testa expectativas ao Copom de novembro.

◼️ Nos mercados, o alívio com a China derrubou a volatilidade e reacendeu o apetite ao risco. Em NY, S&P 500 (+0,53%), Dow (+0,52%) e Nasdaq (+0,52%) fecharam em alta. No Brasil, o Ibovespa subiu 0,84%, a 143.398 pontos, e o dólar recuou a R$ 5,40. A curva de juros não acompanhou o câmbio e seguiu pressionada pelo risco fiscal.

◼️ Entre as empresas, destaque para a Petrobras, que pode receber a qualquer momento a licença ambiental para explorar a Margem Equatorial, e para Ambipar, cujo prazo para pedido de recuperação judicial começa hoje.

O BDM Express é um resumo em 10 parágrafos do BDM Morning Call, elaborado com a ajuda de IA sob a supervisão de Rosa Riscala, e pode ser customizado com o logo de sua empresa para distribuição.
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