Juros curtos recuam com varejo fraco, mas longos sobem de olho em tarifas de Trump
Os juros futuros terminaram a terça-feira com oscilações contidas, com curtos em baixa e longos em alta.
Dados mais fracos de vendas no varejo em maio corroboraram a avaliação de que a política monetária está fazendo efeito e pode abrir caminho para o Copom iniciar os cortes nos juros no fim deste ano ou no 1º semestre do próximo, o que justifica o alívio dos vencimentos curtos.
Já os longos foram influenciados pelo novo avanço nos rendimentos dos Treasuries, apesar do alívio no dólar, em meio às incertezas sobre a política de tarifas comerciais de Donald Trump.
O presidente americano estendeu o prazo de negociações até 1º de agosto, mas já mandou recado para alguns parceiros comerciais com as tarifas que pretende praticar se as negociações não avançarem até lá.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,920% (de 14,923% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,185% (14,200%); Jan/29 a 13,325% (13,307%); Jan/31 a 13,450% (13,394%); e Jan/33 a 13,510% (13,453%). (Téo Takar)
Juros futuros terminam em leve alta, em sessão de liquidez esvaziada
Os juros futuros mostraram oscilações modestas nesta sexta-feira, em uma sessão de liquidez reduzida e sem a referência dos Treasuries, devido ao feriado nos EUA.
Entre os poucos dados do dia, o dado de inflação ao produtor (PPI) no Brasil caiu 1,29% em maio, mas acumula alta de 5,78% em 12 meses, sem causar maiores influências sobre as taxas.
Investidores monitoraram as declarações de membros do governo e parlamentares, bem como a decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF), de convocar as partes para uma audiência de conciliação sobre a questão do IOF.
No fechamento, o DI para janeiro de 2026 marcava 14,925% na máxima do dia (de 14,915% no ajuste anterior); Jan/27 a 14,185% (14,134%); Jan/29 a 13,230% (13,188%); Jan/31 a 13,290% (13,264%); e Jan/33 a 13,340% (13,326%).
Embalado por NY, Ibovespa sobe 1,35% e bate novo recorde
Seguindo os novos recordes do S&P500 e Nasdaq, o Ibovespa também garantiu sua marca histórica no pregão de hoje: 140.927,86 pontos no fechamento (+1,35%), superando o topo anterior, alcançado em 20 de maio deste ano.
O encerramento dos negócios mais cedo no mercado americano – por conta do feriado amanhã – reduziu, no entanto, o volume financeiro, que ficou em apenas R$ 16,5 bilhões.
O bom humor dos investidores globais foi impulsionado pelo payroll de junho (147 mil empregos) acima do esperado (110 mil), indicando que a economia americana segue robusta.
Petrobras ON subiu 0,46% (R$ 35,11) e a PN +0,34% (R$ 32,19). Vale foi na contramão do minério e devolveu parte dos ganhos ontem, recuando 0,47% (R$ 55,04).
Já o dólar voltou a cair diante do real, na contramão do movimento de recuperação da moeda americana no exterior, fechando em baixa de 0,28%, a R$ 5,4050, na menor cotação desde 24 de junho de 2024.
Em NY, Dow Jones subiu 0,77% (44.828,53), S&P500 avançou 0,83% (6.279,35) e Nasdaq ganhou 1,02% (20.601,10). Na semana, os índices subiram 2,30%, 1,72% e 1,62%, respectivamente.
Também fechando mais cedo, os retornos dos Treasuries avançaram.