Semana encerra com dados divergentes nos EUA e novos receios com risco fiscal no Brasil

Mais uma semana de ativos voláteis termina, com investidores perdidos em meio aos dados divergentes da economia americana, declarações duras de membros do Federal Reserve, cogitando inclusive uma pausa nos cortes de juros em novembro, e incertezas sobre os desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio.

Na seara doméstica, a aceleração da inflação em setembro e as sinalizações do governo de que vai cumprir a promessa de campanha de isentar os salários até R$ 5 mil do imposto de renda, além de comprar um novo avião para a Presidência da República, foram motivos suficientes para o mercado esperar piora do risco fiscal e colocar mais prêmio nos juros futuros.

A curva embutia nesta 6ªF uma expectativa de Selic a 13,5% no fim do atual ciclo de aperto do BC, bem acima do projetado pela maioria dos economistas, entre 12% e 12,5%.

Bom fim de semana! (Téo Takar)

Fechamento: Juros disparam e Ibovespa perde com falas de Lula ampliando risco fiscal

[11/10/24] Da Redação do Bom Dia Mercado

Os juros futuros avançaram em toda a curva nesta 6ªF, com os DIs longos subindo mais de 10 pbs (DI Jan/27 a 12,75%), reagindo às declarações de Lula. O presidente defendeu a isenção do IR para salários acima de R$ 5 mil e a compra de um novo avião presidencial, elevando a percepção de risco fiscal.

Isso também impactou o Ibovespa (-0,28%, aos 129.992 pontos), que teve queda limitada pela Vale (+1,44%), e o desempenho do dólar (+0,50%, a R$ 5,6151). Na semana, o índice caiu 1,37%, e a moeda avançou 2,92%.

Lá fora, os balanços de bancos superaram as expectativas e promoveram alta das bolsas hoje, enquanto o PPI de setembro ficou em segundo plano.

Dow Jones subiu 0,97% (42.863 pontos), S&P500 ganhou 0,61% (5.815) e Nasdaq avançou 0,33% (18.342). O dólar teve pouco movimento frente aos pares (DXY -0,07%), e os Treasuries ficaram próximos do ajuste.

(Eduardo Saraiva)

Ibovespa cai com alta dos juros futuros; dólar avança

Os juros futuros avançaram em toda a curva nesta 6ªF, com os DIs longos subindo mais de 10 pbs (DI Jan/27 a 12,75%), reagindo às declarações de Lula. O presidente defendeu a isenção do IR para salários acima de R$ 5 mil e a compra de um novo avião presidencial, elevando a percepção de risco fiscal.

Isso também impactou o Ibovespa (-0,28%, aos 129.992 pontos), que teve queda limitada pela Vale (+1,44%), e o desempenho do dólar (+0,50%, a R$ 5,6151). Na semana, o índice caiu 1,37%, e a moeda avançou 2,92%.

Lá fora, os balanços de bancos superaram as expectativas e promoveram alta das bolsas hoje, enquanto o PPI de setembro ficou em segundo plano.

Dow Jones subiu 0,97% (42.863 pontos), S&P500 ganhou 0,61% (5.815) e Nasdaq avançou 0,33% (18.342). O dólar teve pouco movimento frente aos pares (DXY -0,07%), e os Treasuries ficaram próximos do ajuste.

(Eduardo Saraiva)